domingo, 29 de abril de 2012

PJ Oeste 1 realiza concurso de revitalização de seu símbolo



É com grande que alegria que a Coordenação Regional da Pastoral da Juventude lança o Concurso para revitalização do símbolo da PJ Regional Oeste 1.
A proposta é realizar um trabalho de modernização do símbolo utilizado pela PJ Regional Oeste 1 há anos, sempre respeitando a ideia original do símbolo. Fortalecendo assim, a identidade visual da PJ e igualmente contemplando a nova realidade das mídias virtuais tão presentes na vida de muitos jovens.
O símbolo deve ser enviado para pjregionaloeste01@gmail.com até o dia 20 de julho de 2012.
A escolha será feita através de votação popular no blog www.pastoraldajuventude.blogspot.com, entre os dias 21 de Julho de 2012 e 19 de Novembro de 2012. O resultado será divulgado no dia 20 de Novembro de 2012.




Votos aos 16: uma conquista do povo brasileiro




Uma conquista da juventude brasileira o voto facultado aos jovens entre 16 e 17 anos é, ainda hoje, objeto de debates e polêmicas no conjunto da população. Apesar do aumento significativo do número de alistados dentro desta faixa etária[1] são muitos os que se manifestam contra essa conquista e afirmam: “Ah, já que não pode ser preso porque o menor de 18 pode votar?”, “Ora, se não pode ser responsabilizado por seus atos, porque o jovem pode escolher os governantes do país?”.

     Tais expressões, fruto de uma visão ainda preconceituosa e estigmatizada da juventude, nega o jovem como sujeito social com possibilidade de intervenção crítica e responsabilidade social e nega a juventude como tempo de participação social e de emancipação pessoal e coletiva. Em outras palavras, as posições contrárias ao voto aos 16 anos desconhecem a possibilidade de jovens que percebem a importância da política, acreditam na democracia e apostam que é possível mudar o mundo. [2]

     Numa análise mais profunda, os dados revelam que é inconsistente a noção de que esta geração é mais apática do que as que lhe antecederam ou de que o neoliberalismo, com seu receituário individualista e desumanizador, tenha triunfado de forma definitiva sobre esta geração, sepultando todas as iniciativas de participação e transformação social a partir do olhar da juventude.

     Ora, se é verdade que a lógica mercantilizada do modelo capitalista tem conseqüência direta nas relações de toda a sociedade conduzindo à máxima do “salve-se quem puder” é verdade também que existem dentro desta mesma sociedade grupos e pessoas que resistem e apostam em outras relações, baseadas na solidariedade e na busca do bem comum, de modo que, também os jovens, são influenciados por essas múltiplas visões da realidade coexistindo, portanto, entre as juventudes brasileiras tanto posições mais conservadoras e individualistas quando posturas mais progressistas e solidárias.

     Segundo os pesquisadores Gustavo Venturi e Vilma Bokany [3], a noção de apatia juvenil esbarra em problemas de três ordens, que denunciam a inconsistência desta noção e a complexidade da questão da participação juvenil no cenário brasileiro:

a) o primeiro problema refere-se aos pressupostos de que as gerações anteriores tenham sido majoritariamente progressistas. Em verdade, confunde-se uma “minoria mitificada” com a suposta posição de toda a geração e constrói-se a imagem de que toda a juventude dos anos 60 e 70 eram militantes revolucionários, o que em definitivo não corresponde à realidade, 

b) uma segunda questão diz respeito as interpretações apresentadas para a participação política no Brasil. É importante frisar que não só entre os jovens há um baixo nível de associativismo e participação, mas, pelo contrário, em todo o conjunto da sociedade há uma crise de mobilização e engajamento político sendo que a juventude em certa medida também reproduz essa tendência e, por isso, é acusada de ser, sozinha, responsável por toda a crise de participação política do país.

c) Por fim, temos o problema das leituras parciais que desconsideram as novas formas de associação juvenil e se esquecem de que, se é verdade que os jovens quantitativamente se organizam menos nas modalidades tradicionais de associação política (partido, sindicato etc.), é verdade também que, por outro lado, eles vêm construindo modalidades novas de participação e luta por direitos (ONG’s, movimentos ambientalistas, movimento negro, etc.) sem, contudo, abandonar por completo aquelas que eram mais comuns nas gerações lhe antecederam.

     Deste modo, destacamos aqui três aspectos, dentre vários outros possíveis, para a defesa e mobilização em torno do voto aos 16 anos defendendo-o enquanto estratégia importante para a elevação do nível de tematização social da juventude e para o fomento a inclusão das demandas juvenis no debate eleitoral.

     Um primeiro aspecto diz respeito a ruptura com o paradigma na apatia juvenil e consiste em, por meio de uma participação ativa dos jovens dentre 16 e 17 anos no processo eleitoral, demonstrar que não é verdadeira a tese de que toda a juventude, ou melhor, todas as juventudes são desmobilizadas e apáticas politicamente.

     Uma segunda dimensão refere-se ao incentivo à organização juvenil. Com a provocação à participação eleitoral dos jovens é possível incentivar a criação de grupos em interesse relacionados a essa questão como, por exemplo, a ação das redes, juventudes partidárias e entidades de apoio que se mobilizam pela defesa do voto adolescente como importante meio de interferência na discussão política do país.

     Tais modalidades de mobilização social podem desempenhar um papel importante no que tange a associação política de jovens, sobretudo se tais campanhas relacionam-se com a promoção do voto crítico, do acompanhamento parlamentar, do engajamento social e do controle dos candidatos após o processo eleitoral monitorando e fiscalizando suas ações.

     Por fim, o voto aos 16 anos pode significar ainda a inclusão do olhar dos jovens sobre as políticas que lhe dizem respeito e, portanto, a qualificação do debate sobre as políticas públicas de juventude dentro do processo eleitoral, suplantando o velho modelo da tematização dos jovens como objeto das políticas para a concepção do jovem como sujeito capaz de mediar, negociar, se contrapor e influir na constituição do debate sobre juventude a ser travado dentro da perspectiva eleitoral.

     Assim, está colocado para os(as) ativistas pelo direitos da juventude um bom debate no que se refere ao voto aos 16 anos no sentido de que além de fomentar o alistamento eleitoral, com o objeto de assegurar a garantia desse direito juvenil, é importante ainda debater o voto dos jovens–adolescentes como possibilidade de mudança e de transição geracional, desencadeando processos de mobilização política, controle social e conscientização cidadã, certos(as) de que a eleição não será capaz de, sozinha, mudar os rumos do país e da sua juventude, mas, cientes de que, sem dúvida, ela representa um privilegiado momento para o debate por mais direitos e mais participação.

[1]Segundo o TSE só entre 2006 e 2002 houve um aumento de 39% dos votantes com idade entre 16 e 17 anos.
[2]Segundo a Pesquisa Perfil da Juventude Brasileira realizada pelo Projeto Juventude / Instituto Cidadania, 54% afirmam que a política é muito importante, 53% afirmam que a democracia é sempre melhor do que qualquer outra forma de governo e 59% afirmam que a participação popular nas decisões do governo é a melhor forma para resolver os problemas do país.
[3]VENTURI, Gustavo; BOKARY, Vilma. Maiorias adaptadas, minorias progressistas. In: ABRAMO, H.; BRANCO, P. Retratos da juventude brasileira: análise de uma pesquisa nacional. São Paulo: Instituto Cidadania e Fundação Perseu Abramo, 2005.
Felipe da Silva Freitas,
presidente do Conselho Estadual de Juventude do estado da Bahia e 
coordenador da Campanha nacional contra a violência e o extermínio de jovens.
Endereço eletrônico: fsfreitas_13@yahoo.com.br

Nota sobre os 50 anos do Concílio Vaticano II



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Os bispos do Brasil aprovaram uma mensagem sobre a celebração do 50º aniversário do Concílio Ecumênico Vaticano II. De acordo com a mensagem, A celebração do 50º aniversário do Concílio Ecumênico Vaticano II e a volta aos seus documentos “nos levem ao discernimento sobre o que o Espírito Santo continua a dizer à Igreja e à humanidade nas circunstâncias atuais, como observou o Papa Bento XVI, logo após sua eleição como Sucessor de Pedro: “com o passar dos anos, os textos conciliares não perderam sua atualidade; ao contrário, seus ensinamentos revelam-se particularmente pertinentes em relação às novas situações da Igreja e da atual sociedade globalizada” (Discurso aos cardeais eleitores, 20/04/2005)”.
Leia a íntegra da nota dos bispos do Brasil sobre a celebração do aniversário do Concílio Vaticano II:

Mensagem dos Bispos do Brasil sobre a celebração do 50º aniversário do Concílio Ecumênico Vaticano II
Ao clero, consagrados e consagradas na Vida Religiosa e em outras formas de consagração a Deus, ao querido povo de Deus em nossas Dioceses:
No dia 11 de outubro deste ano, o Papa Bento XVI presidirá, em Roma, à solene abertura do Ano da Fé, para comemorar o 50º aniversário do Concílio Ecumênico Vaticano II e o 20º aniversário do Catecismo da Igreja Católica. Celebrações tão significativas são motivo de grande alegria para a Igreja e convite para voltarmos nosso olhar para o imenso dom deste Concílio, no qual participaram os Bispos do mundo inteiro, convocados e presididos pelo Sucessor de Pedro. Mas é também ocasião para uma avaliação a respeito da aplicação das decisões conciliares e do caminho que resta ainda a ser percorrido nessa direção.
O Papa João XXIII, explicou que convocava o Concílio para “o crescimento da fé católica, a saudável renovação dos costumes no povo cristão e a melhor adaptação da disciplina da Igreja às necessidades de nosso tempo. [...] Sem dúvida constituirá maravilhoso espetáculo de verdade, unidade e caridade que, ao ser contemplado pelos que vivem separados desta Sé Apostólica, os convidará, como esperamos, a buscar e conseguir a unidade pela qual Cristo dirigiu ao Pai do Céu a sua fervorosa oração” (Encíclica Ad Petri Cathedram, 33). Assim, o Concílio Ecumênico poderia “restituir ao rosto da Igreja de Cristo o esplendor dos traços mais simples e mais puros de suas origens” (Homilia a um grupo bizantino-eslavo, 13/11/1963). O Beato João XXIII e o Venerável Paulo VI consideraram o Concílio, suscitado pelo Espírito Santo, um novo Pentecostes, uma verdadeira primavera para a Igreja.
Ao longo das quatro sessões conciliares, que contaram com a presença de presbíteros, consagrados e consagradas, de cristãos leigos e leigas e de representantes de outras Igrejas cristãs, a Igreja de nosso tempo pôde testemunhar como age o Espírito Santo no mundo, na História e no coração dos fiéis. Os dezesseis Documentos foram preparados por especialistas, debatidos e enriquecidos pelos Padres Conciliares e, uma vez aprovados pelos Bispos, foram apresentados ao Papa Paulo VI, que os promulgou com a bela fórmula: “nós, juntamente com os veneráveis Padres e o Espírito Santo, os aprovamos, decretamos e estatuímos”. Testemunhou-se assim, em pleno século XX, a experiência da Assembleia Apostólica de Jerusalém, no final da qual os Apóstolos divulgaram suas conclusões com esta declaração: “Decidimos, o Espírito Santo e nós...” (At 15,28).
A Igreja no Brasil, com o seu Plano de Pastoral de Conjunto (1966-1970), aprovado pela CNBB nos últimos dias do Concílio, acolheu com entusiasmo as decisões conciliares. Com as outras Igrejas Particulares da América-Latina e do Caribe, abriu caminhos para uma recepção fiel e criativa do Concílio, nas Conferências Continentais do Episcopado: Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida.
Os frutos desse Concílio manifestam-se nos mais diversos âmbitos da vida eclesial: na compreensão da Igreja como povo de Deus, corpo de Cristo e templo do Espírito Santo; na abertura aos desafios do mundo atual, partilhando suas alegrias, tristezas e esperanças; na colegialidade dos Bispos; na renovação da liturgia; no conhecimento e na acolhida da Palavra de Deus; no dinamismo missionário e ministerial das comunidades; no diálogo ecumênico e inter-religioso...
A celebração do 50º aniversário do Concílio Ecumênico Vaticano II e a volta aos seus documentos nos levem ao discernimento sobre o que o Espírito Santo continua a dizer à Igreja e à humanidade nas circunstâncias atuais, como observou o Papa Bento XVI, logo após sua eleição como Sucessor de Pedro: “com o passar dos anos, os textos conciliares não perderam sua atualidade; ao contrário, seus ensinamentos revelam-se particularmente pertinentes em relação às novas situações da Igreja e da atual sociedade globalizada” (Discurso aos cardeais eleitores, 20/04/2005).
Destacando a necessidade de ler, conhecer e assimilar os Documentos do Concílio, como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja, o Papa cita o Beato João Paulo II: no Concílio, “encontra-se uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa” (Novo millennio ineunte, 57). E continua: “Se o lermos e recebermos, guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a necessária renovação da Igreja” (Porta Fidei, 5).
A CNBB promove a comemoração do cinquentenário do Concílio ao longo de quatro anos. Cada Diocese saberá descobrir modos de celebrar este aniversário, unindo-se às iniciativas que se multiplicarão pelas Igrejas Particulares do mundo inteiro. Essas celebrações serão tanto mais proveitosas, e seus frutos duradouros, se forem orientadas pelas grandes indicações do Ano da Fé: a busca de uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo, e a convicção de que “o amor de Cristo nos impele” a uma nova evangelização (cf. 2Cor 5, 14). Incentivamos, de modo especial, nossos centros de estudos, seminários e organizações eclesiais a aprofundarem, com renovado ânimo, o estudo dos Documentos do Concílio, como importante parte da formação teológica e pastoral.
Fazendo um forte convite a redescobrir a riqueza do Concílio Vaticano II e a avaliar seus frutos ao longo desses 50 anos pós-conciliares, a CNBB oferece algumas sugestões específicas para tal celebração, que podem ser encontradas no site da CNBB (www.cnbb.org.br).
Nesta promissora tarefa, acompanhe-nos, com sua intercessão, aquela que é a “Mãe do Filho de Deus e, por isso, filha predileta do Pai e templo do Espírito Santo” (Concílio Vaticano II, Lumen Gentium, 53), invocada por nós com o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.


A realidade dos povos Guarani Kaiowá em Mato Grosso do Sul




Ao visitar os povos Guarani Kaiowá em suas aldeias, deparamos com uma realidade totalmente diferente daquela que costuma ser divulgada. São pessoas alegres e preocupadas com a natureza, principalmente com a terra, que para eles é imaculada, tratam-na de uma forma nem sempre dada por nós, os “não índios” (termo dado por eles para o homem branco). Sua relação com ela vai muito além da subsistência; para eles, estar onde nasceram e viveram os seus antepassados é como estar sempre com eles, uma forma de manter suas tradições. Essa relação, contrastando com o jeito dos brancos de encarar a natureza, gera conflitos e uma questão muito grave, que é a violência contra os povos indígenas.

Atualmente esses povos vivem a constante luta pela retomada das terras em que nasceram. Um dos casos acompanhados pelo CIMI – Conselho Indigenista Missionário do Regional Oeste 1 da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, é o da aldeia Laranjeira Nhanderu, que fica no município de Rio Brilhante, a 35 km de Dourados (MS). Ali vivem 36 famílias compostas por 147 membros; o mais novo tem apenas alguns meses e vida e o mais velho é o Senhor Olímpio com 71 anos, o “nhanderu” ou “nosso pai”, que é o líder religioso.

O cacique Farid Mariano, tem o sonho de sobreviver da terra, ter dela tudo o que necessitam para viver: plantar, pescar, caçar e assim seguir transmitindo aos novos a cultura e principalmente a língua. Para que isso realmente aconteça, a FUNAI – Fundação Nacional do Índio precisa divulgar o relatório da perícia antropológica realizada no local, parte final do processo que identifica as terras pertencentes aos Guarani Kaiowá em Mato Grosso do Sul.
Enquanto aguardam a decisão definitiva da Justiça Federal, eles vivem em um pequeno espaço da área a que têm direito, onde construíram uma grande oca que é utilizada para os rituais religiosos, reuniões e celebrações. O local está todo enfeitado, o que para eles também tem um significado especial já que vieram ao mundo para enfeitar. O que pode ser constatado também pelas roupas das mulheres e crianças da aldeia.

Não muito distante dali, vivem outros membros do povo Guarani Kaiowá, os da aldeia Passo Piraju, no município de Dourados, com uma realidade diferente, porém com o mesmo problema da violação do direito à terra. Esse caso também é acompanhado pelo CIMI. Quem nos recebeu foi o cacique Carlito de Oliveira com uma reza muito bonita, modo como eles recebem os outros índios que os visitam. 
Ele vive sem poder sair ou transitar livremente, pois sofre punição da justiça por um triste fato ocorrido na aldeia, que resultou na morte de dois policiais e nove indígenas presos. Diante dessa situação, Carlito expressa sua visão sobre seu modo de viver no local: “vivemos como escravos, não podemos caçar, pescar, visitar nossos parentes. Se um índio é visto andando pela rodovia é jogado um caminhão em cima dele, é morto e depois falam que estava bêbado”.

A luta pela retomada das terras segue na Justiça Federal, o cacique relata que foi expulso do local junto com seus pais e avós quando tinha 12 anos. Hoje com 71 anos, afirma que voltou para dentro da sua aldeia onde nasceram seus antepassados. “Minha roupa pode ser diferente das usadas pelos meus antepassados, mas a minha cor, minha voz e o meu coração são de índio”, diz com orgulho.

Os próximos meses serão decisivos para as duas comunidades, espera-se que até o final de 2012 a Justiça Federal julgue definitivamente os casos, para que índios e não índios possam seguir suas vidas em suas terras.

Matéria e Fotos:
Karla Penna

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Jovens da Forania Sul preparam passagem da Cruz da JMJ




No dia 25 de Abril, estiveram reunidos na Paróquia Santa Rita, lideranças juvenis de diversas pastorais, serviços, movimentos e paróquias da Forania Sul, para organizar a passagem da Cruz da JMJ e Ícone de Nossa Senhora pela Arquidiocese de Campo Grande e pela forania Sul.
Os/as jovens, com a assessoria de Pe Jocerlei, debateram sobre a programação de evento e sobre as atividades que deverão ser preparadas pelas paróquias da Forania Sul. A programação é diversa e durante o tempo que a Cruz da JMJ estiver na Forania Sul acontecerá uma Romaria animada com apresentações culturais e finalizada com uma celebração eucarística. 
A peregrinação da Cruz da JMJ por Campo Grande começará no dia 23 de junho com acolhida solene, carreata, Missa presidida por dom Dimas e apresentações musicais com artistas de renome nacional. No dia 24 de junho a Cruz da JMJ passará pela Forania Sul, as 13h na “rotatória da coca-cola” seguindo em Romaria até o Parque Jacques da Luz encerrando com missa presidida por dom Eduardo.


PARA QUE SERVE O GRUPO DE JOVENS?‏

Uma das maiores expressões eclesiais e sociais de jovens no Brasil também se faz presente há mais de 30 anos na Metrópole da Amazônia. Entre os desafios que a interpelam, ousa promover e defender a vida daqueles(as) que historicamente vêm sofrendo com as mazelas do empobrecimento social. Estamos falando de uma das organizações que constrói dia-a-dia um novo jeito de ser Igreja a partir dos grupos de base presentes na Arquidiocese de Belém: a PASTORAL DA JUVENTUDE!

É interessante perceber alguns documentos eclesiais produzidos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM), que refletem sobre o processo de educação e amadurecimento na fé, tem muito da (con)vivência PJoteira. Podemos pegar o “Marco Referencial da Pastoral da Juventude¹” ou o “Civilização do Amor: Tarefa e Esperança²” e comparar com o atual “Evangelização da Juventude: desafios e perspectivas pastorais³” e notar quanta semelhança com o que é proposto e que busca ser vivenciado nos grupos de base da PJ. Mas, toda esta experiência acumulada dos grupos da Pastoral da Juventude serve para quê?

Adélia Prado já dizia que “o que a memória amou fica eterno”. Neste sentido, recordar a caminhada do grupo de jovens, nada mais é que apontar novos caminhos com base na experiência. O grupo de base é a opção pedagógica de trabalho da Pastoral da Juventude e o principal espaço para proporcionar aos(as) jovens sua valorização pessoal. Nele os questionamentos e respostas são constantes para que os(as) mesmos(as) tenham um desenvolvimento que leve em consideração a sua integralidade. A descoberta do(a) jovem em vista das relações consigo mesmo(a), com o(a) outro(a), com Deus e com a sociedade e sua ação são caminhos trilhados no grupo.

Sem ele, nenhuma outra instância consegue funcionar na Pastoral da Juventude, pois é com ele e a partir dele que as coordenações e assessorias terão elementos palpáveis para construir metodologias, apontar pistas de como dinamizar a ação com os(as) jovens na comunidade, além de fornecer novas lideranças para pastoral ou em outros espaços da sociedade. Em vista disto, sua preocupação não deve ser somente contribuir para futuros(as) adultos(as), mas principalmente para o protagonismo juvenil. Ele deve favorecer a participação dos(as) jovens a contribuir na reflexão/ação, no serviço eclesial e social.

"Os grupos de jovens são um instrumento pedagógico de educação na fé. O pequeno grupo, como instrumento de evangelização, foi um dos instrumentos pedagógicos usados por Jesus ao convocar e formar seu grupo de doze apóstolos." (Evangelização da Juventude: desafios e perspectivas Pastorais, n. 151 - CNBB, 2007/Doc. 85)

Por conta do risco de isolamento ou da “autossuficiência” que compromete o desenvolvimento dos(as) jovens, é preciso estimular outro elemento para a convivência grupal: a INTEGRAÇÃO. No testemunho da comunhão, a PJ está articulada numa grande teia que tem como ponto de partida os grupos de base organizados em uma Paróquia, articulados em uma área pastoral (Região Episcopal), Arquidiocese, Regional e em nível nacional, tendo a importante missão de fortalecer a organização, dando respostas palpáveis à unidade e também a comunicação. Se isso não acontece nos pequenos grupos paroquiais, nas demais instâncias da estrutura organizacional, tende a dificultar.

Saber cuidar, também deve ser prática no grupo de jovens. Não ser somente ato, mas atitude. Ser exercício constante em nossas relações, ser prática de acolhida, de atenção. É sempre necessário converter-se ao cuidado, à ternura. Deixar que o amor possa ajudar desconstruir preconceitos, construindo pontes ao invés de muros. Como uma das metodologias utilizadas nestes grupos é a educação entre pares onde os(as) jovens são os(as) principais responsáveis em evangelizar outros(as) jovens, torna-se interessante que ele seja formado entre 20 a 25 jovens, até no máximo 30 participantes para melhor desenvolver a hospitalidade, as reflexões/debates e a espiritualidade nos encontros.

O grupo de base segue a pedagogia de Jesus Cristo, abrindo espaço para a novidade que por ser inquieta, subversiva e mal compreendida, tende a ser vista por alguns, como um incômodo. Não é a toa que em alguns espaços, quando não se tenta silenciar os(as) jovens, busca-se diversas formas de cooptar e se utilizar de seus talentos, oferecendo-lhes uma pseudo-liberdade. Na contramão de alguns argumentos cujo propósito está em descaracterizar aquilo que é próprio dos(as) jovens: o querer estar em grupo, ter sua autonomia e liberdade valorizada, além de experimentar Deus no/com o(a) outro(a).

Eis que o Espírito sopra onde quer... Neste sentido o grupo de jovem valoriza as diversas manifestações do Sagrado, sem impor um modelo único de ser jovem, mas ajuda nas relações com a diversidade, oferecendo instrumentos que desenvolvam habilidades para refletir e intervir nos diversos espaços de participação protagonista, respeitando as diferenças e unindo no que é comum. Sabemos que há inúmeros conflitos que dificultam este exercício do discipulado e da missão de sair ao encontro das realidades que os(as) rodeiam, e é esta a principal razão de existir os grupos de base da PJ: ser mais do que coisa, mas CAUSA na vida da Juventude. 
______________________________________
¹ Documento de Estudos da CNBB nº 76, relacionado a identidade das Pastorais da Juventude do Brasil.
² Orientações para a Pastoral da Juventude Latino-Americana (São Paulo: Paulinas, 1997).
³ Documento aprovado na 45ª Assembléia Geral da CNBB para orientar a Evangelização da Juventude na Igreja do Brasil.


PJ participa de Seminário sobre Bíblia e Juventudes




O final de semana de 20 a 22 de abril foi de muita mística, ecumenismo e espiritualidade juvenil. O CEBI – Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos de Mato Grosso do Sul, promoveu no Centro de Orientação Vocacional Rainha dos Apóstolos o Seminário Juventudes e Leitura Popular da Bíblia. O Seminário contou com a assessoria de Vanildes Gonçalves e João Paulo Pucinelli da Casa da Juventude Pe Burnier de Goiânia e com a participação de jovens, provenientes de diversas Igrejas de Mato Grosso do Sul e também de Rondônia, Goiás e do Distrito Federal.
O Seminário tem o objetivo de aprender a ver a vida com os olhares juvenis. À luz de textos bíblicos, os/as jovens debateram sobre as realidades juvenis em Mato Grosso do Sul e no Brasil. Entre todos/as os/as participantes havia uma grande busca em entender como as juventudes se relacionam com a Vida e com a Bíblia.
Muitos jovens da Pastoral da Juventude estiveram participando de todo o Seminário, demostrando ousadia em dialogar com opiniões diferentes a luz da Bíblia. Para Milene Oliveira da Paróquia Santa Catarina de Anhanduí “Participar do Seminário foi muito bom! Uma experiência maravilhosa, como jovem, quando nos foi feita a proposta de ver o texto Bíblico, fazer a hermenêutica, na ótica da juventude. Além de ter sido momentos de formação e conhecimento também foram de partilha. “Deixa-me ser jovem, não me impeça de lutar, pois a vida me convida a uma missão realizar!”.
Segundo Stefanya Rocha da Paróquia Santa Rita de Campo Grande “O Seminário me ajudou a quebrar velhos discursos a respeito da juventude, passei a ter uma visão mais ampla nesse sentido e a ver a juventude que julgava-se perdida e sem objetivos, como uma juventude que sonha sim e busca seus objetivos, uma juventude que luta por seus direitos a maneira de seu tempo. Olhar a Bíblia em uma ótica juvenil é um exercício que inspira a discussão e discussão gera mudança.”
Os textos que iluminaram os debates foram:  Mt 15,21-28 (a Mulher Cananéia); Lc 15,11-32 (o irmão mais velho que não aceita o mais novo); Ef 6,1-4 (conselhos para relação entre pais/mães e filhos/as); At 20,1-12 (o jovem que cochila escutando o discurso de Paulo). Com essas referências bíblicas os/as jovens se debruçaram em busca de alternativas, a serem encontradas pela própria capacidade criativa juvenil. Enfrentar todas as formas de violência, incluindo a violência da ausência do direito de escolha num momento da vida em que a pessoa é forçada a escolher.



Seminário Juventude e Leitura Bíblica, em Campo Grande‏








O seminário Juventude e Leitura Bíblica, promovido pelo Centro de Estudos Bíblicos – Mato Grosso do Sul (CEBI-MS) e realizado no último fim de semana em Campo Grande/MS, teve assessoria de Vanildes Gonçalves e João Paulo Pucinelli, colaboradores da Casa da Juventude Pe. Burnier. O CEBI é um dos parceiros da CAJU.Veja o relato da atividade:
CEBI-MS: Juventudes em ciranda e Bíblia
Dançando a ciranda da vida, trinta e duas pessoas reuniram-se em Campo Grande/MS, buscando entender como as juventudes se relacionam com a Vida e com a Bíblia. O encontro tem o objetivo de aprender a ver a vida com os olhares juvenis. À luz de textos bíblicos, o grupo conversou sobre as realidades juvenis em Mato Grosso do Sul e no Brasil.
Juventudes, ameaças e oportunidades
A escravidão moderna em Mato Grosso do Sul (nas usinas de açúcar e álcool e nas fábricas), o tráfico de pessoas, o fundamentalismo e o conservadorismo religioso são temas destacados pelas pessoas participantes como grandes ameaças à vida juvenil. A situação das juventudes indígenas e migrantes paraguaias e nordestinas nas periferias urbanas é outra realidade preocupante no Estado.
A "descartabilidade" da pessoa jovem é outro fator da sociedade moderna que afeta a juventude, enxergada como um produto, no corpo, na sexualidade, ou como mão de obra barata. A escassez ou ineficiência de políticas públicas para a juventude são expressão do estereótipo do "jovem como futuro", mas quase nunca como presente na sociedade. O discurso “adultocêntrico” de que o jovem "escolhe o caminho mais fácil", como se prostituição e drogas fossem caminho fácil, também foi questionado.
O grupo se debruça em busca de alternativas, a serem encontradas pela própria capacidade criativa juvenil. Enfrentar todas as formas de violência, incluindo a violência da ausência do direito de escolha num momento da vida em que a pessoa é forçada a escolher. Lidos na perspectiva juvenil, diversos textos bíblicos iluminam os debates: Mt 15,21-28 (a Mulher Cananéia); Lc 15,11-32 (o irmão mais velho que não aceita o mais novo); Ef 6,1-4 (conselhos para relação entre pais/mães e filhos/as); At 20,1-12 (o jovem que cochila escutando o discurso de Paulo).
O grupo se compõe especialmente de jovens, provenientes de diversas cidades de Mato Grosso do Sul. Há também participantes de Rondônia, Goiás e do Distrito Federal.






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Oração pela Unidade dos/as Cristãos/ãs - Luiz Carlos Ramos




VIVO HÁ TANTO TEMPO AO TEU LADO
E NUNCA TE OLHEI NOS OLHOS.
(Silên­cio)
VIVO HÁ TANTO TEMPO AO TEU LADO
E NUNCA OUVI TUA VOZ.
(Silên­cio)
VIVO HÁ TANTO TEMPO AO TEU LADO
E NUNCA TE ESTENDI A MÃO.
(Silên­cio)
VIVO HÁ TANTO TEMPO AO TEU LADO
E NUNCA TE CUMPRIMENTEI COM UM SORRISO.
(Silên­cio)
VIVO HÁ TANTO TEMPO AO TEU LADO
E NUNCA TE DEI UM ABRAÇO.
(Silên­cio)
VIVO HÁ TANTO TEMPO AO TEU LADO...
MAS HOJE QUERO OLHAR-TE NOS OLHOS,
OUVIR TUA VOZ, ESTENDER-TE A MÃO,
TROCAR UM SORRISO, DAR-TE UM ABRAÇO.
A PARTIR DE HOJE OFEREÇO-TE UM OUVIDO ATENTO
E UM CORAÇÃO ABERTO.



Oração pela vida - Oração pelas mães




Oremos pelas mulheres cujos corpos são usados para gerar filhos independentemente de seus desejos, seus sentimentos, seus projetos de vida. Oremos para que mesmo em meio às pressões de familiares, sociais e religiosas as mulheres possam defender o seu direito de determinar quando, como e por que ser mães como projeto de afirmação da vida e de amor aos filhos e filhas.
Todas/os: Graças Te damos Senhor
Oremos pelas mães no mundo de hoje que lutam pela vida dos seus filhos e filhas, na defesa e garantia de comida, abrigo, educação, saúde e segurança.
Todas/os: Graças Te damos Senhor
Oremos pelas mães que criam, com ajuda de outras mulheres e homens, filhos e filhas críticos e criativos para a  sociedade e o mundo. Agradecemos  às mães que tornam possíveis os sonhos de Deus e os sonhos de seus filhos e filhas e que também participam dos cuidados com os filhos e filhas da humanidade, do mundo e seus seres.
Todas/os: Graças Te damos Senhor
Oremos pelas mães que com egoísmo e violência sufocam os interesses e necessidades de seus filhos e filhas. Que elas possam encontrar comunidades de conversão e apoio para o exercício do arrependimento e do perdão,
Todas/os: Nada pode nos separar do amor de Deus.
Oremos pelas  mães que são violentas, que abandonam e que não conseguem estabelecer relações de responsabilidade e respeito com seus filhos e filhas.  Oremos para que possam ser ajudadas a desenvolver relações de dignidade e apoio.
Todas/os: Nada pode nos separar do amor de Deus.
Oremos pelas mães que estão perdendo seus filhos e filhas nas guerras que nem elas nem seus filhos provocaram. Que elas sejam fortes na luta contra as drogas, o crime organizado, a discriminação e a violência doméstica e das ruas. Que elas se sintam fortes junto a grupos e movimentos na luta por políticas públicas para todos os meninos e meninas e a juventude.
Todas/os: Nada pode nos separar do amor de Deus.
Oremos pelas mães na América Latina que ainda estão à procura de seus filhos e filhas desaparecidos sob as ditaduras militares. 
Todas/os: Escuta Senhor nossa oração!
Oremos  pelas mães que tiveram seu  horizonte de vida reduzido ao espaço doméstico, às tarefas e funções subordinadas na sociedade e em muitas igrejas. Oremos para que tenham a coragem de reivindicar seus direitos de estudar e trabalhar, de contribuir no serviço e liderança nas igrejas,  de exigir uma distribuição mais equitativa das tarefas em casa, para que eles possam recuperar a sua auto-estima e dignidade pessoal.
Todas/os: Escuta Senhor nossa oração!
Para construir um outro mundo possível, outro mundo de paz, fraternidade e justiça, "é preciso primeiro sonhar", disse Dom Pedro Casaldáliga.  Pedimos a Deus que nos ajude a sonhar os sonhos de mães, sejam pequenos ou grandes sonhos, porque são plenos de imaginação, bondade e amor e  inundam o cotidiano de salvação 
Todos/as: Que o Senhor nos abençoe e nos guarde agora e sempre. Amém!
  (baseado no texto do Rev. Amós López Rubio, Rede de Liturgia do CLAI)