quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cúpula dos Povos – um chamado às Igrejas‏



No deserto habitará o direito, e a justiça habitará no jardim.
O fruto da justiça será a paz. (Is 32.16-17a)
 
 
Cúpula dos Povos – um chamado às Igrejas
 
   Este ano de 2012 comemoram-se vinte anos da realização da Eco 92, Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento sustentável, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro. Entre as decisões tomadas a partir da ECO 92, destacam-se as Convenções sobre Mudanças Climáticas, Biodiversidade, Desertificação, a Agenda 21, a Carta da Terra, a Declaração sobre Florestas, Declaração de Durban. Para marcar este aniversário, a Organização das Nações Unidas - ONU realizará, entre 13 a 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro, a Rio+20. O objetivo dessa nova Conferência é avaliar os avanços e lacunas presentes na implementação das decisões tomadas há vinte nos sobre o meio ambiente e desenvolvimento sustentável, buscand o renovar os compromissos políticos com o desenvolvimento sustentável.
 
   A Rio+20 debaterá dois temas centrais: “a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável”.
 
   Simultaneamente às atividades oficiais da Rio+20 acontecerá uma mobilização da esperança dos povos, de 15 a 22/06/2012 no Aterro do Flamengo, conhecida como a “Cúpula dos Povos". Este evento é uma iniciativa contestadora por não acreditar na proposta da Rio+20 de uma  “Agenda Verde”. A Cúpula dos Povos é proposta e organizada pelo Comitë facilitador da Sociedade Civil, com a participação de movimentos sociais, ONGs, Igrejas e Religiões. O objetivo é ampliar e aprofundar os debates dos temas propostos pela Rio+20, com uma metodologia mais democrática e participativa, fortalecendo a política dos povos organizados. Com o chamado de “Venha reinventar o mundo”, a Cúpula dos Povos chama a atenção para os limites dos resultados da Eco 92. As decisões, que deveriam ter revertido a situação de miséria, injustiça social e a degradação ambiental frustrou as esperanças surgidas há 20 anos.
 
   A Cúpula dos Povos propõe como eixo de debate as causas estruturais da atual crise civilizatória, esperando afirmar paradigmas novos e alternativos construídos pelos que mais sofrem com a crise ambiental e apontar a agenda política para o próximo período. Ela tem  como pano-de-fundo um contexto de representativa concentração de riquezas: vinte por cento da população mundial é dona de três quartos da riqueza mundial, enquanto oitenta por cento vive com menos de 10 dólares por dia.  O modelo de vida atual é caracterizado pelo consumo. E para satisfazer as necessidades de consumo mundial, igualando aos padrões dos Estados Unidos, por exemplo, seriam necessários a capacidade de quatro Terras e meia.
 
   Povos inteiros podem ser condenados à indigência em função do esgotamento da capacidade produtiva do planeta. A pobreza gera imigração ilegal, que por sua vez, gera restrições de livre circulação, o que indica um aumento assombroso da segregação das populações pobres e dos conflitos armados no mundo.
 
   Como Igrejas, precisamos alertar para este momento histórico e decisivo para a humanidade. Propomos às nossas comunidades cristãs que estabeleçam sintonia, pela reflexão, oração e gestos concretos, com alguns momentos importantes dessa agenda:
 
   1 - o primeiro chamado é para participar da mobilização global prevista para 5 de junho (dia do meio ambiente);
 
   2 - o segundo é para sintonia espiritual no dia 17 de junho, quando ocorrerá a Vigília de abertura do evento da Cúpula dos Povos;
 
   3 - o terceiro é para o dia 20 de junho, quando haverá nova mobilização internacional contra a mercantilização da natureza e a destruição ambiental.
 
   Sugerimos que as nossas comunidades sejam motivadas a realizarem alguma atividade nesses dias, refletindo localmente sobre as questões sociais e ambientais, com gestos simbólicos que expressem o nosso compromisso para com o cuidado da criação e o desenvolvimento sustentável.
 
   Vivemos riscos iminentes de barbárie contra a vida, o meio ambiente, as relações humanas. Convidamos nossas Igrejas a se unirem às vozes do mundo, que clamam por justiça, pelo direito à vida e pelo cuidado com a criação. Vida em abundância é a esperança evangélica que nos mobiliza.
  
Dom Manoel João Francisco
Presidente do CONIC

Participe da Rede dos Povos‏


Participe: Rede dos Povos

24/05/2012


          A Cúpula dos Povos, evento organizado pela sociedade civil global paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD) a Rio+20, acontece dias 15 a 23 de junho no Rio de Janeiro.
E você pejoteiro e pejoteira do Brasil pode fazer parte dela de diversas formas através da Rede dos Povos.
A Rede dos Povos é uma plataforma oficial que quer colaborar nos debates e publicações de conteúdos da Cúpula. É uma forma de a juventude ficar conectada a tudo que acontece na Cúpula dos Povos, podendo não apenas acompanhar, mas participar ativamente enviando atividades, fotos, vídeos e relatos para a rede ligados à temática – “Por Justiça Social e Ambiental”, “na construção de debates e críticas ao modelo de “economia verde” e governança global proposta pela Rio+20”*.
Todos os documentos postados constituirão o acervo web da Cúpula dos Povos e quem quiser contribuir com a Rede dos Povos, basta registrar-se no site e enviar suas reflexões. A participação é aberta (postagens de materiais e de comentários) e enquanto Pastoral da Juventude, com todo o acúmulo histórico de participação e formação que temos, torna- se essencial ocuparmos o espaço de debate. Nossa missão em defesa dos direitos da juventude e da vida da nossa Mãe Terra, deve cada vez mais contribuir no enfrentamento da pobreza e das desigualdades sociais, contribuindo para o reestabecimento das relações de igualdade, que são bases que tem o direito no centro, para o Bem-Viver de todos/as
         Nossa participação também caminha junto do pedido do Documento 85 da CNBB Evangelização da Juventude - Desafios e Perspectivas Pastorais ao afirmar que  “[...] os/as jovens desejam participar ativamente da vida social, têm muitas sugestões do que deve ser feito para melhorar a situação do país e, querem dar a sua contribuição” (n. 39). 
Assim, ninguém melhor que nós mesmos, para trazer ao debate aquilo que nos atinge, que nos diz respeito.  Vamos levantar as bandeiras que defendemos. Vamos fazer ecoar nosso grito por um basta às falsas soluções ambientais. Por Justiça Social e Ambiental!

*(Informações disponíveis no site da Rede dos Povos: http://rede.cupuladospovos.org.br/quemsomos/)
Autor/Fonte: GT Nacional da Pastoral da Juventude para a Cúpula dos Povos

CNBB na Rio+20 e na Cúpula dos Povos - CONSEP‏



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Nesta quinta-feira, 24 de maio, os membros do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep) da CNBB encerram o seu encontro na sede da entidade, em Brasília (DF). A pauta de trabalhos deste dia prevê a participação da entidade nas conferências Rio+20 e Cúpula dos povos, a apreciação de uma mensagem dirigida às comunidades e participantes do 3º Congresso Missionário Nacional, marcada para o mês de julho em Palmas (TO), informes gerais das comissões e a elaboração da pauta do próximo encontro do Conselho Permanente, em junho.

A Cúpula dos Povos, marcada para os dias 15 a 23 de junho no Rio de Janeiro, vai ocorrer paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – Rio+20. 

Enquanto o encontro das Nações Unidas vai debater a chamada economia verde, a Cúpula dos Povos, promovida pela sociedade civil global, vai promover um fórum político para o debate das crises atuais da civilização, na perspectiva energética, ambiental, financeira e alimentar.

A CNBB participará deste evento, por meio de duas Comissões Episcopais: a da Caridade, Justiça e Paz e a do Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso, além da Comissão Brasileira de Justiça e Paz.

Os bispos aprovaram a Mensagem sobre o 3o. Congresso Missionário Nacional.

Igreja do Brasil se prepara para um profundo debate nacional sobre a Missão




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A Igreja no Brasil prepara o seu 3º Congresso Missionário Nacional (3º CMN), marcado para os dias 12 a 15 de julho em Palmas (TO). A iniciativa é das Pontifícias Obras Missionárias (POM), Conselho Missionário Nacional, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).
Em pauta estarão temas como a missão diante de um mundo secularizado; a relevância do Vaticano II e o compromisso com a missão aqui e além-fronteiras. O Congresso de Palmas reunirá cerca de 600 pessoas representantes dos Regionais e Organismos missionários, e servirá como preparação do Brasil para o 4º Congresso Missionário Americano - CAM 4 - Comla 9, marcado para 2013, em Maracaibo, na Venezuela.
O objetivo geral do encontro é “assumir a dimensão universal da missão, guiados pelo Espírito, a serviço do reino, à luz do Concílio Vaticano II e da caminhada latino-americana em vista do Cam4 - Comla 9”.
Para dom Pedro Brito Guimarães, arcebispo de Palmas e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, sediar um Congresso Missionário Nacional será um privilégio e uma bênção: “Este Congresso é uma chuva de bênçãos para Palmas e para o Tocantins”, disse.
Em entrevista ao programa brasileiro da Rádio Vaticano, o diretor nacional das POM no Brasil, padre Camilo Pauletti, falou especificamente sobre as dificuldades missionárias na Amazônia. Para ele, as dificuldades econômicas e políticas, ao lado do descaso dos poderes públicos, da cobiça dos madeireiros e da invasão das terras indígenas são desafios que requerem a presença missionária e profética da Igreja.
"A Amazônia do Brasil tem um conjunto que soma 57 dioceses. As distâncias, as dificuldades econômicas, um povo que vive um pouco mais afastado e abandonado pelo poder público, tudo isso requer uma atenção maior. Além disso, é uma região cobiçada por pessoas que são gananciosas em relação à natureza, a retirada da madeira, a exploração dos rios e minérios, da invasão das terras indígenas. Diante disso, a presença da Igreja tem que ser profética e que venha a defender as pessoas, atender esse povo mais simples e mais pobre”, destacou o diretor das POM.
Segundo o padre Pauletti, “o nosso trabalho missionário enfrenta diversos desafios, mas estão firmes com as obras missionárias, com as animações missionárias e com a formação missionária. Realmente, a Amazônia, também é um desafio no sentido dos recursos humanos e materiais. Pouco a pouco as regiões sul e sudeste do Brasil estão manifestando solidariedade com a Amazônia, mas precisamos crescer mais".
A CNBB, por sua vez, também se volta para a Amazônia, e vários motivos se colocam ao redor desta preocupação. O interesse pela Amazônia assumiu tanto significado e urgência que na 41ª Assembleia Geral, em 2003, por unanimidade, tomou-se a decisão de formar uma Comissão Episcopal da Amazônia.
Em junho de 2011, a CNBB nomeou como presidente desta Comissão o cardeal Cláudio Hummes, prefeito emérito da Congregação para o Clero. Dom Jaime Vieira Rocha, bispo de Campina Grande (PB) também compõe a Comissão Episcopal, que tem como membros: dom Erwin Krautler, bispo da Prelazia do Xingu (PA), dom Moacyr Grechi, arcebispo emérito de Porto Velho (RO) e dom Sérgio Castriani, bispo de Tefé (AM).
Dom Cláudio Hummes diz que a Comissão tem duas grandes finalidades: uma é manter a Igreja, ou seja, os bispos espalhados pelo Brasil, interessados na Amazônia, que não se esqueçam da Amazônia, “e com eles, ver o que se pode fazer para que a Igreja na Amazônia seja bem sustentada e assistida por nós como irmãos no Episcopado. A segunda é a própria Igreja na Amazônia, com tudo o que são seus grandes projetos, seu crescimento, suas alegrias e tristezas; digamos, suas aspirações e suas carências. Além disso, é claro, é preciso acompanhar, estar ali junto, como um irmão que quer estar a serviço”.


Mensagem da CNBB ao Povo de Deus sobre 3º Congresso Missionário Nacional




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Hoje, 24, último dia de reunião do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os membros do conselho publicaram uma Mensagem ao Povo de Deus, em preparação para o 3º Congresso Missionário Nacional.
Leia abaixo a mensagem.
Mensagem Missionária ao Povo de Deus
“Como o Pai me enviou, assim eu vos envio” (Jo 20,21)
O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB -, reunido em Brasília - DF -, de 22 a 24 de maio, saúda o povo de Deus, em todo o Brasil, neste tempo em que a Igreja vive um profundo momento missionário, preparando o 3º Congresso Missionário Nacional, que acontecerá nos dias 12 a 15 de julho próximo, em Palmas – Tocantins.
Com o tema “discipulado missionário: do Brasil para um mundo secularizado e pluricultural, à luz do Vaticano II”-, o Congresso será uma ocasião propícia para refletir sobre a caminhada missionária em nosso país; celebrar as graças que recebemos; contribuir para um renovado impulso missionário; agradecer a criatividade e os sacrifícios dos que testemunham o Evangelho; e aprender a dialogar profeticamente com todos, indo além do mundo que nos rodeia, sem fronteiras para a nossa fé.
A cidade de Palmas, nesses dias, se transformará na casa da missão do Brasil. Pedimos que as comunidades, pastorais, associações, novas comunidades, os movimentos, organismos e serviços eclesiais se unam em orações por este grande evento, a fim de que o coração pulse, a consciência e a cooperação missionária cresçam sempre mais no ritmo da missão.
Como ser discípulo missionário de Jesus Cristo num mundo secularizado e pluricultural como o nosso? Esta é a reflexão que estamos fazendo nas assembleias, nos encontros e nos pré-Congressos que acontecem em todos os Regionais da CNBB.
Nestas últimas semanas de contagem regressiva para o Congresso, fiéis ao espírito das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que apresentam “a Igreja em estado permanente de missão”(DGAE 30-36) como uma das urgências pastorais, convocamos todas as forças missionárias a se envolverem neste processo, através da oração e de momentos celebrativos, do estudo do instrumento de trabalho e, particularmente, da escolha e do envio dos delegados de todas as Dioceses do Brasil.
Muitos já estão conectados com este Congresso através das redes sociais. Convidamos a todos, irmãos e irmãs, para acompanhar a preparação e a realização do Congresso Missionário Nacional através do site: www.pom.org.br/congresso.
A Igreja nasce da missão, vive da missão e está destinada sempre à missão. Esta é, portanto, o coração da Igreja, chamada a cumprir o mandato de Jesus: “Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a toda a criatura”(Mc 16, 15).
Que o Divino Espírito Santo, protagonista da missão, ilumine nosso Congresso; e a Virgem Maria, discípula missionária, inspire a Igreja a viver em estado permanente de missão.
Brasília, 24 de maio de 2012

Cardeal Raymundo Damasceno de Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luis
Vice Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB


Mensagem dos delegados do 8º Encontro da PJ do Cone Sull




"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda Criação." (Mc 16, 15)

Nós jovens e assessores da Pastoral Juvenil da Região Cone Sul da América Latina, compreendida pelos países Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, nos reunimos na comunidade Padre Hurtado, no Chile, no 8º Encontro Regional do Cone Sul para partilhar, refletir e concretizar o horizonte comum de nossa região.
Nestes dias de encontro, tivemos a experiência do amor fraternal que viveram os primeiros cristãos, com a convivência do encontro com Cristo presente em cada um de nós enquanto indivíduo e comunidade.
Podemos dizer com alegria, força e convicção, porque experimentamos a partilha de nossos dons, que entre nós não haviam necessitados (At 4, 34). Diante de nossas reflexões e vivências, queremos apresentar à sociedade, à nossa Igreja e aos Jovens do Cone Sul nossos sonhos e compromissos com uma vida plena para todos.

À Sociedade
Diante de uma realidade onde reina o individualismo, a apatia e que as estruturas da sociedade propõem um estilo de vida dominado pelo imediatismo e egoísmo, estamos comprometidos, a partir do encontro com Cristo, a transformar a nossa realidade com nosso discipulado missionário.
Muitas vezes somos julgados e julgamos a sociedade sem olhar o que se tem por dentro. Precisamos do apoio de toda a sociedade e propomos a cooperação mútua com ela, de modo a confiar em nós mesmos e nela.
Nós nos comprometemos a trabalhar em conjunto com todos para a transformação desta realidade de morte, que oprime e exclui grande parte da sociedade, tendo como ponto de partida e inspiração o Projeto de Jesus Cristo.

À Igreja
Como os jovens da Região Cone Sul, sonhamos ser protagonistas de uma transformação eclesial que responda aos sinais dos tempos e ao nosso horizonte comum, sendo este formar uma Pastoral Juvenil orgânica, integradora e atraente que promova o encontro pessoal e comunitário com Cristo.
Para fazer efetiva a opção preferencial pelos jovens, apresentada nas Conferências Episcopais Latino-Americanas de Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida, necessitamos ser acompanhados com qualidade, em todas as nossas realidades juvenis e em nossa própria linguagem. Isso não será possível sem uma formação adequada do clero e dos acompanhantes das comunidades juvenis.
Nos comprometemos a motivar e incentivar os jovens que representamos para atuar, a partir deste sonho comum, em nossas paróquias, comunidades eclesiais de base, movimentos apostólicos e nos meios específicos (rural, estudantes, migrantes, indígenas, etc) e para transformar os nossos países com a luz do Evangelho, construindo a Civilização do Amor.

À Juventude
Diante de nossas limitações como Pastoral Juvenil, devemos superar essas barreiras e ir além, pondo força na mensagem que o evangelho nos propõe, saindo ao encontro dos outros e anunciando a Boa Nova de Jesus ressuscitado com um olhar esperançoso e positivo sobre a realidade que vivemos como jovens.
Conhecendo a realidade da juventude, que por vezes obriga-nos a migrar em busca de uma melhor qualidade de vida ou motivos de estudos, como Pastoral Juvenil, cremos no processo de acompanhamento como fonte para aumentar ou manter nossas forças no Senhor. Como jovens membros e protagonistas da Igreja e da sociedade, nos arriscamos a obter um espaço para a participação e reflexão sobre os processos de mudança dos quais fazemos parte.

Conclusão
Impulsionados pelo desejo de "ser o mundo no coração da Igreja e ser Igreja no coração do mundo" (Puebla, 786), queremos questionar e, por consequência, assumir estes compromissos com forma de confiança, contribuição e presença na sociedade e na Igreja.
Apesar de nossas fraquezas, nós acreditamos que Jesus Cristo, com quem nos encontramos de maneira pessoal e comunitária, e que nos acompanha sempre na juventude, será mestre, cabeça e condutor de nossos propósitos e de nosso caminhar.
Anunciamos a cada jovem de nossa região que isto é possível, no dia a dia, em nossos grupos e paróquias, e em todos os lugares onde Jesus Cristo se faz presente, reafirmando nosso compromisso de anunciá-lo pela Vida e pela Palavra a todos que aproximem de nós.
Encorajados pelo espírito missionário da Igreja na América Latina e Caribe e sob as bênçãos de Nossa Senhora de Guadalupe, concluímos deixando a todos, especialmente aos jovens, as palavras do Papa Bento XVI a nós jovens, em seu encontro conosco no Pacaembu, Brasil: "Vós, jovens, não sois apenas o futuro da Igreja e da humanidade, como uma espécie de fuga do presente. Pelo contrário: vós sois o presente jovem da Igreja e da humanidade. Sois seu rosto jovem. A Igreja precisa de vós, como jovens, para manifestar ao mundo o rosto de Jesus Cristo, que se desenha na comunidade cristã. Sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada”. Mantenhamos sempre o animo de ser esta face bela, feliz, protagonista e libertadora da Igreja e da sociedade.
 
Comunidade Padre Hurtado, Chile, 24 de maio de 2012.
Festa de Maria Auxiliadora.



Jornal Mundo Jovem lança novo site



Como parte das ações programadas para a comemoração do cinquentenário de sua fundação, que ocorrerá em 2013, o jornal Mundo Jovem, sediado na PUCRS, está lançando um novo site. Com funcionalidades mais modernas, a intenção é fornecer aos assinantes mais opções para trabalhar os temas abordados no jornal.

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Nos últimos anos, a internet mudou muito. Antes conformados em serem meros espectadores, os leitores e usuários de hoje estão mais participativos. Muitos querem expressar suas opiniões e desejam se sentir participantes na produção do conteúdo.
Atento a essas mudanças nos perfis de leitores, o jornal Mundo Jovem planejou diversas inovações em seu site. Através de novas funcionalidades, o usuário terá mais facilidade para comentar e compartilhar conteúdos do portal com seus contatos, por e-mail ou pelas redes sociais.
Além disso, foram abertos novos espaços para que o leitor possa participar, tanto pela sugestão de temas quando pelo envio de artigos, poemas e outros conteúdos de sua própria autoria. Essas contribuições originais, após avaliação da equipe de redação do Mundo Jovem, poderão ser aproveitadas em áreas específicas do novo site ou mesmo nas edições impressas do jornal.
A intenção do jornal nessa reformulação é estabelecer um melhor diálogo com os leitores, com mais agilidade e interação, com a possibilidade de oferecer subsídios complementares aos assinantes. Mais atraente e objetivo, espera-se oferecer mais conteúdos de reflexão e debate e, eventualmente, atrair novos leitores para o jornal.
O novo site foi desenvolvido em uma parceria do Mundo Jovem com a empresa Máqina Internet, sediada em Estância Velha/RS, sob orientação da Gerência de Tecnologia da Informação e Telecomunicação da PUCRS e da Assessoria de Comunicação da universidade.

Uma nova organização
O site foi dividido em oito seções, que atingem as diversas áreas de atuação do Mundo Jovem:
§  Em Mundo Jovem, podem ser encontradas informações sobre a história da publicação, equipe responsável, produtos oferecidos, enquetes, Fale conosco e oMural do leitor.
§  Nos Temas abordados, serão divulgados os assuntos que foram e serão tratados nas edições impressas do Mundo Jovem ao longo do ano.
§  Na seção Edições, podem ser visualizadas a edição do mês e as edições anteriores, em formato resumido. Dessa forma, o assinante pode saber o que irá ler quando o número do mês chegar em sua casa. Esta área também pode ser usada como pesquisa, para retomar assuntos abordados em outras épocas.
§  Em Subsídios pedagógicos, serão encontrados conteúdos para complementar a prática de educadores, que ali poderão acessar dinâmicas, projetos, materiais para datas comemorativas, artigos, poemas, entrevistas e dicas.
§  Na seção Juventudes, grupos de jovens e grêmios estudantis têm espaço garantido, com orientações sobre como se organizar e com artigos para subsidiar seus debates. A grande novidade nesse quesito é a seção Intergrupos, inspirada na coluna que foi publicada em edições dos anos 1970. Servirá como instrumento para grupos de todo o país estabelecerem contato e trocarem experiências.
§  O site contará ainda com as áreas Multimídia e Notícias, com vídeos e textos relacionados ao universo de temas abordados pelo jornal.
§  Em Assinaturas, os leitores também encontrarão informações sobre como se tornar assinantes e/ou representantes, com a possibilidade de requisitar imediatamente sua inscrição. Como já é conhecido, o Mundo Jovem é distribuído e se mantém por assinaturas, não veiculando publicidade em suas edições.

Fórum sobre Juventude e Violência


"Como cristão, devo aceitar os conflitos no mundo como meus próprios conflitos."
enfatizou Felipe Freitas da Silva membro da Campanha Nacional contra Violência e o Extermínio de Jovens que entre os dias 16 e 21 deste mês esteve na Alemanha participando de uma série de atividades sobre a cooperação com a américa latina. Dentre as atividades realizadas o jovem brasileiro esteve no Fórum sobre Juventude e Violência Brasil e Alemanha promovido pela Adveniat.
 
 
Durante sua exposição Felipe falou da importância de se fortalecerem laços de solidariedade entre os jovens em todo o mundo e destacou as políticas de promoção da igualdade como mecanismo eficiente para o combate a violência. "Precisamos desenvolver políticas que garantam as condições para o pleno desenvolvimento e emancipação dos jovens. Autonomia, participação e liberdade são fundamentais no processo de enfrentamento a violência temos que construir condições efetivas para o exercício de direitos. Estas políticas são fundamentais para a garantia da segurança.", frisou o brasileiro durante o painel que contou com a presença do jovem Sebastian Koppers-Loehr, membro da coordenação dos jovens católicos alemães; do coordenador de projetos da Adveniat, Christian Frevel e  do responsável pela ação da Adveniat no Brasil Norbert Bolte.
 
Durante o evento foram apresentados os dados da violência contra jovens na américa latina bem como experiências de prevenção e de formação para cidadania. “Precisamos fortalecer as ações para que os próprios jovens descubram suas forças e talentos para construir uma sociedade justa e solidária", disse Loehr membro da coordenação nacional dos jovens católicos alemães. 

Para saber mais sobre a visita da Pastoral da Juventude a Adveniat confiram a entrevista:
 
Na última semana você esteve na Alemanha participando de entrevistas, palestras e debates sobre juventude e violência. Quais as principais atividades realizadas neste período?
Esta viagem foi um convite da Adveniat, que é uma importante organização de apoio à América Latina. Trata-se de uma entidade com mais de cinquenta anos que tem em sua história importantes parcerias com entidades e Igrejas de toda região latinoamericana. Neste sentido o convite foi para que eu participasse de uma programação específica juntamente com outras organizações de cooperação internacional para falar da experiência das comunidades eclesiais de base no Brasil, refletir com grupos alemães sobre formas de fortalecimento da cooperação internacional, e, sobretudo, apresentar um panorama das reflexões e debates sobre juventude e violência no Brasil.
Participei de duas conversas sobre a realidade da juventude no Brasil, colaborei com uma oficina sobre os dados da conjuntura social e econômica do Brasil, concedi entrevista a jovens estudantes universitários de Manheim que pesquisam as Comunidades Eclesiais de Base e ainda falei num Fórum sobre Juventude e Violência na América Latina. Foi uma agenda intensa repleta de atividades muito importantes.
 
E do seu ponto de vista quais as comparações possíveis entre a violência contra  os jovens no Brasil e na Alemanha?
Acho que qualquer comparação entre sociedades é muito arriscada. Processos históricos e culturais são sempre originais e irrepetíveis de modo que qualquer comparação pode incorrer tanto na generalização quanto na superficialidade. Contudo, acho que é possível pensar algumas considerações em termos de análise sobre como fenômenos globais a exemplo de migrações forçadas pela busca por melhores condições de vida, avanço do racismo e da xenofobia, fortalecimento dos grandes empreendimentos econômicos mundiais, globalização de problemas como desemprego, crise de recursos naturais, desigualdades de gênero no mercado de trabalho, por exemplo podem repercutir na ampliação do sentimento de insegurança e como este fenômeno se manifesta entre os jovens.
Enquanto no Brasil questões como violência policial, alto número de mortes são percebidos como grandes temas da segurança na Alemanha as questões estão mais voltadas para conflitos nos estádios, consumo de drogas entre jovens com melhores condições de renda ou mesmo a preocupação com o avanço da crise econômica na Europa. O nível de desenvolvimento dos países sem dúvida influencia no tipo de questões formuladas em termos de segurança e insegurança.
Por outro lado, vale também destacar que algumas questões se repetem, sobretudo em termos de reprodução do modelo voltado para a repressão. Tanto na Alemanha como no Brasil a ideia de resolução de conflitos por meio da repressão penal está presente, lógico que as formas pelas quais estas práticas acontecem são diferentes, mas, em ambos os casos a lógica penal é o que orienta as ações e práticas relativas a juventude. Estes intercâmbios podem ser uteis tanto para a identificação de desafios comuns quanto para o aprendizado de boas práticas
 
E do ponto de vista mais objetivo quais os resultados da sua viagem?
Nestes dias na Alemanha consolidamos nossas parcerias com a Adveniat e este é o grande saldo positivo da viagem! Além de conhecer experiências apoiadas pela entidade como, por exemplo, as comunidades de base de Honduras na América Central, pudemos ratificar nosso respeito às várias iniciativas de solidariedade do povo alemão para com as práticas que vimos desenvolvendo no Brasil.
Os membros da Adveniat manifestaram seu interesse em apoiar e estreitar os laços com a Campanha Nacional contra Violência e o Extermínio de Jovens e nesse sentido acho que temos um saldo extremamente positivo. Sem dúvida, este é mais um passo de uma série de ações que serão desenvolvidas pelas Pastorais da Juventude com o apoio da Adveniat no Brasil e em toda a América latina.
 
Veja também o artigo:
 

Pastoral da Juventude apresenta subsídio para grupos de jovens para Cúpula dos Povos


Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital
Com a intenção de proporcionar uma participação dos/as jovens nas discussões da Cúpula dos Povos na Rio+20, a Pastoral da Juventude (PJ) lançou, neste mês, um subsídio para os grupos de jovens. Sob o título Os impactos do projeto capitalista nas perspectivas socioambientais, planejamento e participação da juventude, a produção apresenta duas propostas de encontros e uma celebração sobre o assunto.
Carlos Marinho, representante da PJ na Coordenação Nacional Regional Nordeste 2 (a qual engloba os estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande de Norte), destaca que o material tem o objetivo de "fazer com que os grupos de jovens participem de maneira efetiva [da Cúpula dos Povos], que eles olhem para a realidade e analisem os impactos gerados pelos grandes projetos”, comenta.
A intenção é levar as questões que serão discutidas na Cúpula dos Povos para os grupos de jovens de todos os estados a fim de ampliar o debate. O material propõe dois encontros de discussão sobre o assunto.
O primeiro, sobre "os impactos do Projeto Capitalista nas perspectivas socioambientais”, tem o objetivo de "possibilitar aos participantes um debate acerca do projeto capitalista de exploração sobre os recursos naturais e suas consequências sobre o meio ambiente, tendo como ponto de partida aquilo que nos afasta do Projeto de Deus”.
Na ocasião, os/as jovens discutem o que é a Cúpula dos Povos e debatem sobre os impactos gerados pelo sistema capitalista. Destaque para questões como: megaprojetos, modelo agrário, trabalho e renda, consumismo, matriz energética, entre outras.
O segundo encontro proposto pelo subsídio discute as "perspectivas socioambientais e a participação da juventude” com o objetivo de "aprofundar o debate, levantar as perspectivas de desenvolvimento sustentável local e o papel da juventude nesse processo, como parte da construção do Reino de Deus”.
Como continuação do primeiro encontro, os/as jovens participantes desse segundo momento questionam os pontos debatidos anteriormente e discutem ações que devem ser feitas para preservação do meio ambiente. Além dos encontros, o material apresenta a proposta da celebração "Irmã terra, irmã água: Por uma nova relação com a natureza”, e sugestões de músicas e textos que contribuem para a reflexão da temática.
"A Rio+20 não pode ser mais uma conferência que apenas traga discursos. A natureza grita por maior atenção, e por ações concretas e eficientes. Não está nas mãos das empresas privadas o papel de reverter esse quadro de desequilíbrio ambiental; bem pelo contrário: tudo indica que é por causa delas, pelo elevado grau de industrialização, dos mega projetos desenvolvidos e defendidos como solução, que as consequências ambientais negativas estão cada vez maiores”, destaca a publicação.
Cúpula dos Povos na Rio+20
Paralela à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (RIO+20), movimentos e organizações sociais de várias partes do mundo se reunirão entre os dias 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro (RJ), para a Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental.
De acordo com Carlos Marinho, representante da Pastoral da Juventude (PJ) Regional Nordeste 2, a PJ também estará presente na Cúpula com representantes de todas as regionais. A ideia, segundo ele, é garantir a participação efetiva da juventude nas discussões e chamar a atenção para a realidade dos/as jovens.
Saiba mais em: http://www.pj.org.br

Juventude e Economia Solidária Oficinas de Formação


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Só a experiência direta e imediata do Evangelho pode revitalizar a Igreja - José Pagola




por Instituto Humanitas Unisinos (IHU)
A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 16, 15-20 que corresponde ao Domingo da Ascenção do Senhor, ciclo B do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.
Eis o texto
NOVO COMEÇO
Os evangelistas descrevem com diferentes linguagens a missão que Jesus confia aos seus seguidores. De acordo com Mateus, hão de "fazer discípulos" que aprendam a viver como Ele os ensinou. De acordo com Lucas, hão de ser "testemunhas" do que viveram junto Dele. Marcos resume tudo dizendo que hão de "proclamar o Evangelho a toda a criação".
Quem se aproxima hoje de uma comunidade cristã não se encontra diretamente com o Evangelho. O que se percebe é o funcionamento de uma religião envelhecida, com graves sinais de crise. Não podem identificar com clareza no interior dessa religião a Boa Nova proveniente do impacto provocado por Jesus há vinte séculos.
Por outro lado, muitos cristãos não conhecem diretamente o Evangelho. Tudo o que sabem de Jesus e da sua mensagem é o que podem reconstruir de forma parcial e fragmentária escutando catequistas e pregadores. Vivem a sua religião privados do contato pessoal com o Evangelho.
Como poderão proclamá-lo se não o conhecem nas suas próprias comunidades? O Concílio Vaticano II recordou algo demasiado esquecido nestes momentos: "O Evangelho é, em todos os tempos, o princípio de toda a sua vida para a Igreja". Chegou o momento de entender e configurar a comunidade cristã como um lugar onde o principal é acolher o Evangelho de Jesus.
Nada pode regenerar o tecido em crise das nossas comunidades como a força do Evangelho. Só a experiência direta e imediata do Evangelho pode revitalizar a Igreja. Dentro de alguns anos, quando a crise nos obrigue a centrar-nos apenas no essencial, veremos com clareza que nada é mais importante hoje para os cristãos do que nos reunir para ler, escutar e partilhar juntos os relatos evangélicos.
O principal é acreditar na força regeneradora do Evangelho. Os relatos evangélicos ensinam a viver a fé, não por obrigação mas por atração. Fazem viver a vida cristã, não como dever mas como irradiação e contágio. É possível introduzir já nas paróquias uma dinâmica nova. Reunidos em pequenos grupos, em contato com o Evangelho, iremos recuperar a nossa verdadeira identidade de seguidores de Jesus.
Temos de voltar ao Evangelho como novo começo. Já não serve qualquer programa ou estratégia pastoral. Dentro de uns anos, escutar juntos o Evangelho de Jesus não será uma atividade a mais entre outras, mas a matriz desde a qual começará a regeneração da fé cristã nas pequenas comunidades dispersas no meio de uma sociedade secularizada.

Ofício Divino da Juventude Estudantil‏


Caros,
A Pastoral da Juventude Estudantil faz 30 anos em 2012. Para comemorar, a cada mês os grupos de jovens de todo país são convidados a celebrar um "Ofício Divino da Juventude Estudantil". A cada mês a responsabilidade de preparar o material de apoio recai sobre um grupo. Para maio, a Laine, eu e o Marcos, que fomos secretários da PJE nos anos 1990, preparamos o material, que está disponível no site da PJE 
(http://www.pjebr.org/site/component/option,com_docman/task,doc_download/gid,84/Itemid,81/)
 
 Convidamos todos, sendo da PJE ou não, a celebrar os 30 anos da pastoral.

A Pastoral da Juventude retomando sua identidade – Por Hilário Dick S.J.‏


A Pastoral da Juventude retomando sua identidade – Por Hilário Dick S.J.


Todos precisamos, de tempos em tempos, retomar nossa identidade. Não somos feitos para ser água parada. Somos um eterno processo. Sempre com novidades. Mesmo coisas antigas, bonitas, cheias de sentido, quando deixam de ter novidade não é bom sinal. Temos fome do amor primeiro que é eterno.
Também a Pastoral da Juventude, como organização e como proposta, sempre anseia por novidades. Não se trata de ser “novidadeiro”. O “novidadeiro” não tem raiz, na maioria das vezes. Uma proposta sempre precisa ser curtida. Quem curte, aprofunda. E a proposta se torna um mistério inesgotável.
Um dos males dos pejoteiros é o agarramento a uma sigla; não a uma proposta. Diz-se que somos alguma coisa, mas não sabemos o que seja esta “alguma coisa”. Perdemo-nos nas coisas secundárias e a desgraceira está feita. Pior que tudo: caímos em incoerências absurdas e nem temos consciência disso.
No fundo é o mesmo que sucede com aqueles católicos que dizem, da boca pra fora, que são “católicos” e, de fato, são umas incoerências ambulantes. O pior é que procuram encontrar justificativas que não convencem nem a eles mesmos. Oxalá fossem dúvidas radicais, de fato… As dúvidas radicais fazem crescer; as desculpas podres só fazem mal.
Na Pastoral da Juventude estamos vivendo um tempo de volta para a identidade. Uns até dizem que se trata de uma “conversão” ao amor primeiro. Até que pode ser. Não se trata só de “voltar”, mas de “redescobrir”. O filho pródigo, quando voltou para casa, redescobrir a si mesmo e redescobriu o pai que tinha.
O documento 85 da CNBB, além de ser um documento muito bom, também é um apelo para a volta, para nossa identidade como anunciadores da Boa Nova para a juventude. É que a Boa Nova a gente não inventa, não imagina. Ela está escrita, ela é de Deus, é da Igreja e o esforço da PJ, como PJ deve ser querer sempre mais Igreja, sacramento do Reino. O documento 85, para um pejoteiro, deve ser um livro de cabeceira que a gente lê, discute, reza e vive. Neste sentido, se quisermos, estamos vivendo um tempo de graça. Não somos somente nós que precisamos disso, é a juventude que espera que deixemos de acarinhar somente nossos umbigos e partamos para a missão. Ser jovem, afinal, é viver a bela época do êxodo, isto é, da saída de nós mesmos, aprendendo a aventura de ser missionário.
P. Hilário Dick S.J.

III Encontro Nacional de Blogueiros começa dia 25 em Salvador (BA)‏


II Encontro Nacional de Blogueiros começa dia 25 em Salvador (BA) 

Adital
Durante os dias 25, 26 e 27 de maio, ocorrerá em Salvador (BA), o III Encontro Nacional de Blogueiros. Serão debates, palestras e mesas autogestionadas pautadas na liberdade de expressão e na democratização da comunicação. Os interessados terão até o dia 21 de maio para realizarem as suasinscrições.
Para Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé e organizador do evento, o objetivo do Encontro é "dar mais um passo” na organização da Blogosfera, movimento ainda recente no Brasil, bem como reunir pessoas para que elas possam se conhecer e trocar experiências.
"O evento será produzido em dois eixos: a luta pela democratização da mídia e a defesa da liberdade de expressão e da Blogosfera, pois muitos blogueiros estão sendo assassinados ou ameaçados de morte. São esperadas, aproximadamente, 400 pessoas do Brasil, entre elas, blogueiros, ativistas da rede social e as pessoas que acompanham a Internet”, explica Altamiro.
A abertura do III Encontro Nacional de Blogueiros, no dia 25, se dará com um ato político em defesa da blogosfera e da liberdade de expressão. Em seguida, haverá o debate "Nas redes e nas ruas pela democratização da comunicação”, que terá entre os convidados, o deputado Emiliano José, da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e Direito à Comunicação (Frentecom); Franklin Martins, ex-ministro da Secretaria de Comunicação do governo Lula, e Bárbara Lopes, do Blogueiras feministas.
No sábado, dia 26, os debates continuam com foco na palestra "Mídia e blogosfera: experiências internacionais”, que contará com a presença de Osvaldo Leon, Diretor da Agência Latino-Americana de Informação (Alai) e de Ignácio Ramonet, criador do Le Monde Diplomatique e autor do livro "A explosão do jornalismo”, entre outros.
Além das palestras, ainda no sábado, serão realizadas as mesas autogestionadas simultâneas, que abordarão temas como "A batalha pelo marco civil da internet”, "Estado laico, religião e diversidade na mídia”, "Cobertura política sem sexismo”, "Liberdade de expressão e direitos humanos”, "Redes sociais e subjetividade”, entre outras.
No final do dia, haverá o lançamento oficial do Blogoosfero – plataforma livre e segura para a blogosfera e redes sociais, que servirá para alojar sites e blogs. Segundo Altamiro, essa plataforma será criada com o objetivo de "não se ficar preso a empresas privadas”. No domingo (27), serão debatidos os desafios futuros para o segmento e haverá uma Plenária Final para a aprovação da Carta de Salvador.
Para Altamiro Borges, o evento é importante devido ao grande papel desempenhado pelos blogs, atualmente. "Os blogs tem aumentado a sua capacidade de interferir na pauta jornalística do Brasil. Até pouco tempo, nós só recebíamos a informação dos grandes veículos, e hoje, nós temos como contrapor isso. Eles (blogs) garantem mais vozes na sociedade, a comunicação deixa de ser unilateral, democratizando-se a forma de se comunicar. Isso, é a Blogosfera fazendo um contraponto ao que a mídia diz”, afirma.
Para mais informações sobre o III Encontro Nacional de Blogueiros, acesse o link: