quarta-feira, 27 de março de 2013

Reflexão


Tamanho de Deus
 
Certo dia, um garoto perguntou ao pai:
- Pai qual o tamanho de Deus?

E o pai ficou a meditar tentando encontrar uma resposta sábia para seu filho.
Foi então que ao olhar para o céu avistou um avião e mostrando ao filho perguntou:
- Que tamanho tem aquele avião?
- Pequeno! Tão pequeno que quase não dá pra ver.

Então o pai o levou a um aeroporto e ao chegar bem próximo de um avião perguntou:
- E agora qual o tamanho desse?
- Nossa pai é enorme!

- Assim é Deus, o tamanho vai depender da distância que estiver dele.
Quanto mais perto de Deus, maior será Ele na sua vida!
Pense nisso! Feliz Páscoa!!!

Só uma juventude organizada será uma juventude forte[1]



Pastoral da Juventude e a Jornada de Lutas da Juventude Brasileira

O ano de 2013 é histórico para a juventude organizada nos mais diversos movimentos populares do Brasil. Dezenas de entidades juvenis ligadas aos mais diversos movimentos sociais, estudantis, dos/as trabalhadores/as, do campo, da cidade, entidades de classe, sindicatos, partidos políticos, grupos culturais e religiosos se organizam para lutar pelos direitos da juventude. A atividade chamada de Jornada de Lutas da Juventude Brasileira, acontece de 25 de março à 1º de abril, sendo marcada por muita luta e mobilização da juventude nas ruas de todo o Brasil.
É um marco histórico e inédito pois, pela primeira vez, acontece uma unidade de movimentos juvenis unindo as principais bandeiras e reivindicações dos/as jovens brasileiros/as. Os eixos principais são: oaumento de investimentos públicos para educação brasileira; trabalho decente para a juventude; reforma política; democratização da comunicação e o combate ao extermínio e violência contra a juventude negra.
Debater estes temas, é falar sobre a vida da juventude brasileira e o papel do estado. Dessa forma, fazemos sintonia com a 5ª Semana Social Brasileira promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que quer debater “Um novo Estado, caminho para uma nova sociedade do bem viver”, onde nos questionamos: “a serviço de quem está o Estado e os poderes políticos de nossa nação?”. As instituições políticas que temos colaboram muito pouco na concretização de conquistas do povo brasileiro. É preciso grandes mudanças estruturais que coloquem o poder público realmente a serviço da população brasileira.
A história já nos mostrou que grandes mudanças na sociedade só acontecem com muita luta e organização popular e em muitas delas a Igreja teve papel fundamental. A mudança só acontece pela luta organizada e pressão popular. Fazer assistencialismo, votar no dia das eleições, enfrentar a corrupção é só um primeiro passo. Mudanças profundas de verdade só acontecerão com a reforma do sistema político. Devemos ser fiéis ao projeto de Jesus Cristo que nos envia em missão para que todos/as tenham vida e vida em abundância (Jo 10, 10). Isso significa compromisso na defesa dos/as excluídos/as. Devemos ser protagonistas na construção de um mundo melhor que chamamos Civilização do Amor.
Dialogando com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2011-2015), que nos incentiva a “[...] cada vez mais a participação social e política dos cristãos leigos e leigas nos diversos níveis e instituições, promovendo-se formação permanente e ações concretas... Quer promovendo, quer se unindo a outras iniciativas, incentive-se a participação em campanhas e outras iniciativas que busquem efetivar, com gestos concretos, a  convivência pacífica, em meio a uma sociedade marcada por violência, que banaliza a vida." (DGAE, n. 115), é que a Pastoral da Juventude assume a sua participação na Jornada de Lutas da Juventude Brasileira, se unindo às diversas vozes que querem discutir o modelo de sociedade em que vivemos.
Nosso papel nessa Jornada é muito importante: pautar a defesa da vida dos/as jovens, participar daconstrução local da Jornada junto aos diversos movimentos juvenis organizados, integrar às mobilizações locais contribuindo com a organização e debate, promover a luta contra a redução da maioridade penal; contra a violência e o extermínio de jovens; e em defesa dos povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e do campo; lutando também pela aprovação do Estatuto da Juventude.
Dessa forma, levando as ruas o acúmulo de debates que temos feitos em nossos grupos de jovens e comunidades eclesiais de base. Nos unamos a toda juventude brasileira na luta por um mundo melhor. Vamos tomar as ruas carregando nossas bandeiras, faixas, cartazes, levando muita garra, força, arte, debate político e vontade de mudar o mundo e construir a tão sonhada civilização do amor!

Sempre na Luta!
Coordenação Nacional e
Comissão Nacional de Assessores da
Pastoral da Juventude


[1] Conferencia Episcopal Latino Americana, Puebla/MEX. Nº 1185/1188.

Texto Betânia - Março [Pela vida Seguimos...]‏

Irmãos,

Partilhamos mais uma vez o terceiro texto sobre a mística de Betânia no caminho de revitalização da Pastoral da Juventude. 

Ficamos muito felizes com as partilhas de que nossos textos estão sendo usados nos mais diversos espaços. Muito obrigado!

A ideia também é que esses textos sejam postados em um blog que poderia ser construído para esse objetivo. Se alguém de vocês que recebe o texto quiser nos ajudar com isso, ficaremos muito felizes, já que nossa limitação de compreensão desse universo nao nos ajuda nessa construção. 

Aproveitamos para desejar, com profundo amor, desejo de Feliz Ressurreição! 

Um beijo no coração!

Pe Maicon e um amigo da juventude.

terça-feira, 26 de março de 2013

Exemplo de filho de Deus que assumiu o projeto de vida que Deus pede‏

Dom Erwin Kräutler é Doutor Honoris Causa da UFPA

Por uma história de vida marcada por lutas em favor de causas sociais e ambientais na Amazônia, o bispo da prelazia do Xingu, dom Erwin Kräutler, recebeu da Universidade Federal do Pará (UFPA) a maior honraria existente no meio acadêmico: o título de doutor honoris causa. A solenidade de entrega do diploma ao bispo foi realizada nesta quinta-feira, 21 de março, no auditório do Sesi, no município de Altamira.
Professores, alunos, autoridades municipais e religiosas acompanharam as homenagens a dom Erwin. O diploma foi entregue pelo reitor da UFPA, Carlos Maneschy, que destacou o significado da homenagem ao bispo. “Dom Erwin é um doutor no sentido mais pleno da palavra. Doctor, aquele que excede em competência e talento aquilo que faz e causa. E a UFPA, por estar intrinsecamente ligada às questões sociais, à defesa de direitos e à transformação de vidas para melhor, tem esses valores associados a dom Erwin”.
O título é atribuído à personalidade que se destacou pelo saber ou pela atuação em prol das artes, das ciências, da filosofia, das letras, da promoção da paz, de causas humanitárias ou ações de serviço que transcendam família, pessoas ou instituições, servindo de exemplo para a comunidade acadêmica e para a sociedade em geral.
A trajetória de luta do bispo foi relembrada por amigos, ex-alunos e admiradores. Cada um relatou a experiência que teve ao lado de dom Erwin, como a coordenadora do Campus de Altamira, Maria Ivonete Coutinho. “Eu conheci o bispo em 1978, quando estudava em um convento e pude acompanhá-lo em várias visitas às comunidades carentes da região. A partir daí, passei a admirar seu trabalho”, conta.
Reconhecimento nacional e internacional - A professora Ana Tancredi, do Instituto de Ciências da Educação (ICED/UFPA), apresentou em seu discurso o histórico de lutas e do reconhecimento nacional e internacional do trabalho de dom Erwin. “Esta comenda que a UFPA concede a dom Erwin se soma a dezenas de outros títulos e premiações que ele já recebeu, no Brasil e no exterior, por se destacar pela defesa dos Direitos Humanos, dos povos indígenas e do meio ambiente. Isso evidencia o alcance e a importância para a sociedade como bispo e como cidadão engajado nas causas sociais”.
O procurador da República, Felício Pontes Junior, também destacou as lutas do bispo em defesa dos direitos dos povos indígenas e da Amazônia. Ele lembrou a atuação do bispo quando este assumiu o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e passou a ser um dos mais importantes defensores das causas indígenas, sobretudo na defesa do território, tão cobiçado por madeireiros, grileiros e empresas.
Sua atuação à frente do Cimi colaborou para a inclusão dos direitos dos povos indígenas na Constituição Brasileira em 1988 e para elevar a consciência dentro da Igreja sobre esses direitos. A atuação do bispo também se fez presente na luta por melhorias nas condições de vida de moradores da região do Xingu e contra a construção da barragem de Belo Monte. “Nenhum órgão de Justiça deixou de ser cobrado por ele. Nunca se deixou intimidar pelas ameaças que recebeu e, por isso, deixa seu nome marcado na história deste Estado”, disse o procurador.
Defesa dos excluídos - Diante de tantas declarações e homenagens sobre sua atuação, dom Erwin Kräutler se emocionou e falou da honra de estar recebendo o título da UFPA. “Não é um prêmio ou um título a mais. É um reconhecimento único porque é do meu Pará. Receber esta homenagem da UFPA significa que esta instituição de peso acompanha e apoia o meu engajamento, a minha luta em defesa dos excluídos. Agradeço em nome de todas as pessoas que deram o melhor de si e que lutaram comigo, como homens, mulheres, jovens, crianças, enfim, compartilho com eles essa homenagem”, finalizou

Um Cajueiro no Cerrado Goiano




Banhado pelas águas de março, reconhecemos, em terras goianas, um Cajueiro. Ele foi gestado por muitos anos, forjou muitos frutos, sementes com as quais saboreamos nossas vidas.  Reconhecemos que estes frutos e sementes não estão somente, aqui, em Goiás.  Há uma variedade de frutos desta árvore. Aqui conhecemos o cajuzinho, o caju amarelo, o caju vermelho. Nestas terras, contudo, se explora pouco a semente. Ela é usada para plantar e a chamamos de careta do caju. Ele nasce no cerrado e é parte da paisagem.
Esse Cajueiro, encontrado nestas terras do Cerrado Goiano, nasceu do desejo de muita gente; nasceu com o apoio e o acompanhamento de milhares de pessoas espalhadas pelo mundo. Não é qualquer Cajueiro.  Ele se propõe a ser abrigo, sempre; resistência, em tempo de seca; perfume, em tempo de florada; abundante, em tempos de frutos e sementes porque acredita que a floresta terá outros Cajueiros que se somam com este seu esforço de estar no mundo, fazendo diferença em favor da vida dos pequenos.
Este Cajueiro está a beira de uma água que rega, todos os dias, a esperança e o sonho de construir “um outro mundo possível”. Por isto, em torno de sua sombra, junta pessoas, grupos, entidades que desejam se alimentar deste sonho de ver a justiça e a paz Reinar entre nós. Nesta sombra, alimentada na vida comunitária, no desejo de celebrar a vida abundante para todos/as, se cultivarão os valores de respeito, de cuidado, de liberdade, de acolhida, de bem querer. Exercitar-se-á o conflito das ideias na buscar de romper com o homogêneo  e com o massificado. Queremos diversidade e respeito às diferenças. Queremos provocar que cada pessoa diga “sua palavra original” sobre o mundo e sobre elas mesmas.
Na sombra agradável e fresca deste Cajueiro, amadurecerão projetos de mística e espiritualidade, de cidadania e economia solidária, de pesquisa e publicações, de intercâmbio e esforços na construção do bem viver, jovens e adultos, protagonistas e autônomos; ali  cuidar-se-á da saúde e das relações pessoais,  alimentar-se-ão sonhos em celebrações e partilhas de vida.
Na brisa deste Cajueiro serão planejados caminhos das políticas públicas e se construirão caminhos coletivos para que a vida seja respeitada e cuidada. Por isto, neste espaço, grupos se encontrarão e colocarão em práticas estes sonhos coletivos. Elaborarão projetos de vida pessoais, comunitários e de planeta. Este Cajueiro quer acolher aves de toda natureza, e confiará que estes pássaros serão condutores destas sementes espalhadas por todo o mundo.
Será uma árvore que produzirá frutos, sementes, sombras, brisa para acolher, com carinho, a juventude empobrecida. E assim, com ela, espalhar o prazer de viver uma vida segura, com direitos garantidos, com arte e lazer, com cultura e beleza a fim de espalhar o bem e a bondade, crendo que “gentileza gera gentileza”.
Para que tudo isto acontecesse, no dia 23 de março de 2013, aprovamos o Marco Legal, o Estatuto, e elegemos um grupo coordenador que terá a tarefa de acolher e organizar as ideias e decisões. Até definimos o lugar onde vamos cultivar este Cajueiro.
Espalhamos esta boa noticia porque esperamos que as águas de março, abundantes; a resistência firmada em raízes firmes; um verde abundante; flores perfumadas e esperanças de frutos e sementes, possam nos alimentar neste caminho que retomamos de outro lugar. Agora, é na sombra do Cajueiro que sonhamos gerar o Bem Viver e o Bem Querer.

Goiânia, 25 de março de 2013.
Carmem Lucia Teixeira, da coordenação do CAJUEIRO – Centro de Formação, Assessoria e Pesquisa em Juventude, pesquisadora em Juventude, co-autora do livro Juventude e Autonomia.

Acompanhe e comunique-se conosco.  Esperamos o seu contato:
Correio eletrônico do Cajueiro – centrocajueiro@gmail.com
Correio eletrônico da livraria – livrariacajueiro@gmail.com
Skype – cajueiro_centro
Twiter – cajueiro @cajueiro_centro
Blog em construção - http://cajueirocerrado.blogspot.com

Carta aberta da Pastoral da Juventude à Caju Assessoria




“A história ninguém deterá, é rio que corre pro mar, ninguém vai nos calar, nos calar!”
(Zé Vicente)

Nós, jovens e adultos, membros da Coordenação Nacional e Comissão Nacional de Assessores/as da Pastoral da Juventude, reunidos em São Leopoldo/RS, por ocasião da Abertura do Ano Celebrativo dos 40 anos da PJ, queremos expor a nossa preocupação e indignação em relação à intervenção realizada na Casa da Juventude Pe. Burnier (CAJU), em Goiânia/GO.
A CAJU, em sua trajetória, foi referência nacional e latino-americana em formação, assessoria,pesquisa e pós-graduação em juventude. Também contribuiu significativamente por meio da produção de vários subsídios, sendo estes ferramentas importantes para as lideranças dos grupos de base. Exerceu um papel importantíssimo na evangelização, conscientização e promoção de direitos humanos. Foi uma verdadeira casa para os/as jovens da Pastoral da Juventude no Brasil. Espaço que se configurou muitas vezes como um ambiente de partilha e celebração da vida. Aprendemos a cultivar nossa juventude e espiritualidade nos Cursos, Encontros e Formações promovidos pela CAJU, inspirados pela mística inaciana, pela opção preferencial aos pobres e pelo exemplo dos colaboradores da casa. Aprendermos na prática, junto aos/as colaboradores/as, o seguimento profético a Jesus Cristo, na luta pelos direitos da juventude, no acolhimento e diálogo com a pluralidade existente em nossa sociedade.
Nos últimos meses, a nova diretoria da CAJU simplesmente cancelou todos os projetos pastorais, alegando problemas financeiros e uma reformulação nos princípios e objetivos da Casa. Ficamos surpresos com esse fato acontecer depois de todos os projetos serem aprovados em assembleia. Lamentamos de forma especial o cancelamento das atividades pastorais. Como se não bastasse, todos/as os/as colaboradores/as dos respectivos projetos foram sumariamente desligados. Uma decisão arbitrária que simplesmente passou por cima de anos de processos de discernimentos, diálogos e vivência comunitária, tão caros para nós.
Essa intervenção acontece em 2013, ano em que a atenção da Igreja do Brasil se volta para os/as jovens com a realização da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro e a realização da Campanha da Fraternidade promovida pela CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, com o tema Fraternidade e Juventude. A CF propõe o objetivo de acolher os/as jovens no contexto das mudanças de nossa época. A atual situação da Casa da Juventude se torna uma de nossas sombras, diante de nossa missão e chamado de seguimento a pessoa de Jesus Cristo.
Comprometidos com a vida da juventude, a pergunta que nos inquieta é justamente: “o quanto a perda desse espaço pode prejudicar as nossas lutas e conquistas da juventude e enfraquecer a nossa caminhada?” Assim para nós participantes da Pastoral da Juventude, das mais diversas realidades empobrecidas vemos que mais uma porta se fecha. A juventude perdeu mais um espaço! Como afirmar que a opção é pelos jovens, cancelando os projetos pastorais e de relevância de um dos centros juvenis com maior reconhecimento da América Latina?
Queremos abraçar a todos/as nossos/as companheiros/as, colaboradores/as da casa que foram desligados/as. Queremos expressar nossos mais sinceros e tristes sentimentos com nossos amigos/as, devido aos tristes acontecimentos.
Cremos na Jerusalém da ressurreição. O que aprendemos com os processos vividos na CAJU está em nós. Acreditamos em uma Igreja que acolha de verdade a juventude.
Apoiamos a força e união do grupo de pessoas, proféticas, sonhadoras, que se reúne no desejo de continuar a missão assumida há mais de duas décadas, pela até então Casa da Juventude Padre Burnier, agora com uma nova configuração, a Caju Assessoria – Centro de Assessoria em Juventude. Nosso coração se encheu de alegria em saber que no último dia 9 de março, foi marcado pela ressurreição dos princípios iniciais da CAJU com a realização da Assembleia de Fundação do Centro de Assessoria em Juventude- Caju Assessoria.
Desde já manifestamos o nosso desejo e compromisso de continuarmos em parceria, não só com aCaju Assessoria, mas com toda a Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude, agradecendo a participação efetiva em nossa história que completa seus 40 anos com muitos desafios e sonhos que juntos construímos.
Sigamos na construção da Civilização do Amor, na certeza de que outro mundo é possível.

São Leopoldo/RS, 22 de março de 2013.

Coordenação Nacional e
Comissão Nacional de Assessores/as
Pastoral da Juventude
Autor/Fonte: Coordenação/Comissão Nacional de Assessores da PJ

domingo, 24 de março de 2013

Preparando o Seminário... Texto #2! Segurança Pública: um novo modelo é preciso!


O Brasil tem uma população jovem aproximadamente de 50 milhões de pessoas. Ao ano, cerca de 30.000 são mortas em razão de homicídios. Este número representa mais da metade dos homicídios no País (53%). Cerca de 75% destas vítimas são jovens negros, e a maioria delas é de homens (91%), com alta incidência de mortos com idades de 20 a 25 anos.
De acordo com o Mapa da Violência 2012, produzido pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos – CEBELA, o Brasil é um dos países que apresenta maiores índices de homicídios no mundo. Mesmo somando países com conflitos armados, como por exemplo, Iraque, Sudão, Afeganistão, Israel, Palestina, Paquistão, etc, não superam os números de mortes ocorridas no Brasil no período de 2004 a 2007.
Por trás de toda essa violência existem diversas causas. A formação histórica brasileira construída a partir das desigualdades sociais, econômicas e culturais são uma delas. Entretanto, mesmo com alguns avanços no enfrentamento dessas desigualdades percebemos que a violência continua presente em nosso cotidiano.
Infelizmente as trajetórias interrompidas de milhares de jovens no Brasil ainda não foram suficientes para que o Estado adote medidas efetivas e urgentes para salvar a vida da nossa juventude.  Prova disso é que mesmo diante deste lastimável quadro carecemos de uma Política Nacional de Segurança Pública.
A segurança pública no Brasil apresenta resquícios dos tempos de chumbo, sendo pautada pelo autoritarismo e pela dura repressão a um suposto inimigo interno que hoje é representado pela juventude marginalizada. Além disso, ela ainda é tratada na maioria das vezes como um assunto exclusivo das policias, afastando o cidadão/a de qualquer possibilidade de participação em sua elaboração.
Não podemos admitir que um debate tão caro para população, sobretudo para a juventude, seja tratado por poucos. O Sistema de Justiça e Segurança precisa de uma reforma urgente de modo a estabelecer outros princípios que estejam fundamentados na garantia da vida de todos/as e não na defesa do patrimônio de poucos.
Por isso, precisamos impulsionar uma ampla discussão com vista à construção de uma Política Nacional de Segurança centrada no respeito aos direitos humanos e que esteja em consonância com os preceitos de um Estado verdadeiramente democrático e de direito.
Com segurança, A JUVENTUDE QUER VIVER!
Autor/Fonte: A Juventude Quer Viver!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Chamados de “sujos” e “fedidos”, indígenas são expulsos de sala de aula



Inserido por: Administrador em 18/03/2013.

Fonte da notícia: Ruy Sposati, de Dourados (MS)


Jovens reunidos na aldeia Campestre, em encontro de professores, em 2012. Foto: Ruy Sposati/Cimi
Cerca de 28 estudantes indígenas Kaiowá e Guarani da aldeia Campestre foram retirados de uma sala de aula de uma escola estadual em Antônio João (MS), sob a alegação de que eram "sujos" e "fedidos". A denúncia foi realizada pelo conselho da Aty Guasu, grande assembleia Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul, no último dia 12, no Ministério Público Federal do estado, em Dourados, acusando os envolvidos de crime de racismo.
Atualmente, a comunidade de Campestre tem acesso, no próprio tekoha (aldeia), ao ensino básico e fundamental. Para cursar o ensino médio, os estudantes precisam sair da aldeia e estudar em colégios no perímetro urbano do município.
Segundo a denúncia, no dia 27 de fevereiro, o grupo de indígenas foi expulso da sala de aula da turma do primeiro ano do ensino médio matutino da Escola Estadual Pantaleão Coelho Xavier pelo diretor do colégio, pressionado por professores e estudantes não-indígenas.

"Disseram pros nossos estudantes que eles não deveriam estudar ali", conta a liderança da aldeia, Joel Aquino. "Disseram aos nossos jovens que se eles continuassem estudando o ano todo, iam encher a sala e escola de terra, porque temos 'pés sujos'. E 'chulé', que as indígenas femininas tem aquele cheiro de mulher". O diretor colocou o grupo do lado de fora da sala de aula, enquanto o professor continuou dando aula para os não-indígenas. "Às vezes o professor ia lá fora passar alguma atividade para os indígenas", diz Joel.

Estudantes da escola da aldeia Campestre, em 2012. Foto: Ruy Sposati/Cimi
Quando voltaram à aldeia, os estudantes relataram à comunidade o que havia acontecido. Joel conta que ele próprio e uma outra liderança da aldeia, em momentos diferentes, foram pessoalmente falar com o diretor da escola, que confirmou ter expulsado os jovens da aula por considerar que eles não eram higiênicos o suficiente.

"Depois disso, nossos estudantes não querem mais frequentar a escola por motivo de vergonha, tamanha a situação humilhante que passaram". Segundo Joel, apenas três deles resolveram continuar frequentando as aulas na escola estadual. "O resto está perdendo aula, decidiram que não vão [para a escola]. Os três que estão indo disseram que o diretor decidiu que eles podem voltar pra sala de aula, porque são poucos. Mas que se voltar a ir todo mundo, eles não vão poder ficar na sala", conclui.

Além do MPF, os relatos também foram encaminhados à Fundação Nacional do Índio (Funai) e a representantes da Secretaria de Direitos Humanos.

-- http://campanhaguarani.org/

terça-feira, 19 de março de 2013

Manaus é eleita sede do Encontro Nacional da PJ de 2015‏


As terras amazonenses receberão a juventude brasileira para o 11º Encontro Nacional da PJ na cidade de Manaus. A definição foi feita durante a última reunião da Coordenação Nacional e Comissão Nacional de Assessores da Pastoral da Juventude (PJ), realizada em São Leopoldo/RS, do dia 7 a 10 de março.
A Arquidiocese de Manaus apresentou o projeto para a acolhida e organização da atividade que deverá acontecer em janeiro de 2015, reunindo centenas de jovens e assessores oriundos de todas as regiões brasileiras. "A Coordenação Regional e Arquidiocesana da PJ sonharam juntas a vontade de sediar o 11º ENPJ e acreditam que esse acontecimento é de pertença de todo regional, não somente dos jovens da PJ, mas de toda a Igreja. E é dessa forma que estamos refletindo e dialogando, na certeza de que o grande puxirum que fará acontecer o ENPJ aqui nas terras sagradas dos Manaós com frutos, flores, peixes e farinha”, afirma a carta de apresentação da candidatura, assinada pela Coordenação Arquidiocesana da PJ de Manaus e do Regional Norte 1.
"A Igreja da Amazônia tem muito o que nos ensinar. Ela carrega um poço de mística da qual necessitamos beber", afirma a jovem Janaina Dantas Sales, Coordenadora Nacional da PJ pelo regional Nordeste 2. Vinícius Borges, membro da coordenação nacional da PJ pelo Regional Leste 2, reitera a importância da energia da Amazônia para alimentar a fé: “estar na Amazônia para o décimo primeiro encontro da PJ é momento de reafirmar nosso compromisso com as causas que acreditamos, especialmente a natureza, que sofre com a violência, assim como muitos de nossos jovens".
O projeto conta com apoio do Presidente da CNBB do Regional Norte 1, Dom Roque Paloschi, bispo da Diocese de Roraima; do Secretário Executivo da CNBB do regional Norte 1, Pe. Zenildo Lima; e do Arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Sergio Castriani. Segundo Dom Sergio, a “juventude é sempre importante e deve ser prioridade. Juventude é futuro, mas é, sobretudo, o presente da sociedade e da Igreja.” 
Encontros Nacionais
 A PJ realiza seus Encontros Nacionais a cada três anos, com representação de jovens de todas as dioceses em que houver trabalho articulado de PJ.  É um espaço para troca de experiências, reflexão da caminhada e apontamentos de pistas para a ação. Sua preparação e animação são de responsabilidade da Coordenação Nacional de Jovens e da Comissão Nacional de Assessores.
A edição anterior (décima) da atividade aconteceu no interior do Paraná, na cidade de Maringá, com o tema “Somos Igreja Jovem” e contou com a presença de mais de 800 jovens e assessores de todas as regiões brasileiras.

No Seminário de 40 anos da PJ‏


Segue um roteiro que fiz para a oficina de Bíblia e Juventudes do Seminário ocorrido recentemente em São Leopoldo, mas certamente servirá para encontros e reuniões de grupo de jovens de todas as denominações.

http://opedaletra.blogspot.com.br/2013/03/roteiro-biblia-e-juventudes-saindo-do.html

Paz e Bem!!!

José Luiz Possato Jr.
São Leopoldo-RS
Tel: (51) 8105-3505
Twitter: @jrpossato

ENCONTRO DE POETAS, EMBOLADORES E CANTADORES DE VIOLA E TOADAS


Rumo ao 13º Intereclesial de CEBs - Diocese de Crato – Regional Nordeste I
Tema: “Todo poeta é um profeta, cumprindo sua missão!”
Crato, março de 2013

Prezado artista da caminhada do Povo de Deus!
Estamos no processo de preparação para o 13º Intereclesial das CEBs do Brasil que irá acontecer de 7 a 11 de janeiro de 2014 em Juazeiro do Norte. Será um momento muito oportuno para reunir também os artistas da caminhada. Por isso sentimos a necessidade de reunir vocês para fazer uma prosa sobre o tema do Intereclesial: “Justiça e Profecia a serviço da vida”, nos dias 5, 6 e 7 de abril de 2013 em Crato, após a semana santa.
Neste encontro, não vai haver cachê, mas a nossa dedicação em ajudar na formação dos artistas da caminhada. Nosso objetivo é identificar os poetas e poetisas, emboladores, contadores de viola e toadas que animam o sertão, as lutas populares e as festas do povo. A pauta do encontro atenderá a seguinte programação:
Dia 5 (sexta-feira): Começa o encontro com o jantar as 18h30. Estaremos esperando vocês no Centro de Expansão que fica próximo ao Clube Recreativo Granjeiro, a partir das 15h00. Pegar o ônibus da Viação Freire via Granjeiro na praça da prefeitura de Crato ou na parada da Faculdade Católica, rua Cel. Antonio Luiz, em frente à URCA e ao lado do Hospital São Francisco e descer na entrada do Centro de Expansão, segue em frente e caminha 150m.
Dia 6 (sábado): na parte da manhã teremos uma prosa: colocar a poesia a serviço de quê? Aprofundamento sobre “Poetas na Bíblia: o dom de ser poeta e a sua vocação”. Pela tarde, será o estudo sobre a temática “Justiça e Profecia a serviço da vida”. Depois haverá uma oficina: o que foi estudado ser colocado em poesia. Quando chegar a noite, vamos fazer uma cantoria de viola e convidar mais gente para se alegrar conosco.
Dia 7 (domingo): Neste dia não podemos deixar de fora a história dos camponeses, sobretudo dos beatos, penitentes de nossa região e as lutas comunitárias de hoje. As perguntas a serem respondidas em grupo pelos artistas são estas: 1) Quais são os espaços para trabalhar a poesia hoje? 2) Como cantar a luta e a história das comunidades? 3) Como podemos contribuir com o 13º Intereclesial? O encontro terá a assessoria de Frei Roberto da AMINE.
As despesas do encontro serão por conta do secretariado do 13º Intereclesial. Os participantes custearão apenas com suas passagens. Deverão participar também os membros da equipe de animação do 13º Intereclesial. Trazer de junto da bagagem uma toalha e os instrumentos. Divulgue este encontro com outros artistas e entre em contato conosco confirmando a sua participação até a primeira terça-feira de abril, dia 2, pelo telefone do Pe. Vileci (88)9914-1598 Tim; Rozelia (88)8817-7093 Oi; Telefone fixo: (88)3521-8046 /(88) 3521-1110 ou 3521-8192 (falar com Clarinha ou Rozelia); por e-mail: intereclesialcrato@yahoo.com.br Contamos com sua participação!

Cordialmente, Pe. Vileci Basílio Vidal – Coordenador do 13º Intereclesial



Secretariado do 13º Intereclesial das CEBs
Diocese de Crato
Rua Teófilo Siqueira, 631 - Crato - CE  CEP 63100-010
Fone/fax: (88)3521-1110/(88) 3521-8046

intereclesialcrato@yahoo.com.br

Padre assassinado com requintes de crueldade


Padre assassinado com requintes de crueldade


11/03/2013
Padre Raimundo em ato religioso recente
Padre Raimundo em ato religioso recente
Com informações do site Fernando Pop e de outros blogs da Região.
Os pacatos moradores da cidade de Angical foram abalados, nesta madrugada,  pela notícia do bárbaro assassinato de Raimundo Reinan Valette, o pároco da cidade. De acordo com informações policiais, o rosto do religioso foi totalmente desfigurado, apresentando um corte profundo na boca, inclusive um dos dedos da mão esquerda foi decepado.
 O delegado do SILC – Serviço de investigação de Local de Crime, Antistenes Benvindo e sua equipe estão apurando o crime. O padre foi morto supostamente a golpes de arma branca e pedradas, haja vista, a localização de uma pedra,  um facão e uma faca ao lado do corpo que teve os braços, pescoço e cabeça mutilados pelos golpes.
Um dos dedos decepado e outro mutilado, além de lesões, comprovam que ele teria lutado com os criminosos pela sobrevivência. O delegado não forneceu maiores detalhes do crime, alegando que estava preparando um relatório do fato para encaminhar imediatamente a Secretaria de Segurança Pública do Estado.
A principal hipótese é de crime de latrocínio, uma vez que, o carro do pároco um Pálio/Fiat, de cor prata, foi roubado pelos criminosos. Vizinhos da casa paroquial, na rua do clube AABB, ouviram os gritos de socorro e logo em seguida avistaram três elementos suspeitos identificados por Rodrigo, Soró e Douglas saindo do local. 
Assim que a notícia chegou ao 10º BPM, a Polícia Militar iniciou os trabalhos de buscas na região, no entanto, até as 08h de hoje, 11, não haviam pistas dos acusados. A equipe de perícia do Departamento de Polícia Técnica esteve no local e removeu o corpo para o IML regional.
O padre chegou a Barreiras em 2001 e com a ausência de padres na região, assumiu a missão de trabalhar em prol da comunidade religiosa de Tabocas do Brejo Velho, onde se candidatou a prefeito nas eleições 2008, pelo Partido dos Trabalhadores.  Em 2009 foi transferido para a paróquia de Angical, onde segundo o bispo Diocesano de Barreiras, Josafá Menezes deixa um grande legado social e religioso. 
“A Diocese lamenta muito esta perda, porque o padre Renan, veio para Barreiras, ajudar-nos, num período difícil, em que tínhamos poucos membros na região. Ele já tinha decidido retornar para sua cidade natal (Ilhéus) em 2014, mas infelizmente sofreu esta barbaridade”, ressaltou. 
Renan era assistente da escola família agrícola de Angical e Tabocas do Brejo Velho, e segundo o bispo, se empenhava bastante na formação de jovens nos dois municípios. “Sua morte provoca uma comoção muito grande em todos nós e principalmente nestas regiões”. 
Em Barreiras será realizada uma missa de corpo presente às 16h, de hoje, na cadetral São João Batista, em seguida o corpo será transladado para o município de Ilhéus, onde reside a família do sacerdote

http://jornaloexpresso.wordpress.com/2013/03/11/angical-padre-assassinado-com-requintes-de-crueldade/

quinta-feira, 14 de março de 2013

verbo filmes - Juventudes


Francisco, um símbolo da paz



13 de março de 2013 


Escolha de nome pelo novo Papa reflete opção pela vida, pela relação direta com o povo de Deus
Cleymenne Cerqueira – CBJP

A escolha do sucessor de Bento XVI na tarde desta quarta-feira (13) é sinal de esperança e alimento para a fé e ação dos católicos, em especial dos latinoamericanos. Pela primeira vez na história da Igreja Católica, um Papa vem da América Latina. Pela primeira vez ele escolhe ser chamado de Francisco. O eleito, em meio a muita expectativa e também especulações, é o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio.
Em nota, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), diz que o Pontífice é nascido no Continente da Esperança e que traz para o Ministério Petrino a experiência evangelizadora da Igreja latino-americana e caribenha.  “Estamos feliz, satisfeitos com a escolha de um Papa latinoamericano, o que vem mostrar que a Igreja se abre e está voltada para este continente. Ele reflete nossa forma de evangelização, numa aproximação com o povo de Deus. Cremos na mensagem do Evangelho, no Reino de Deus, na transformação do mundo”, afirmou em coletiva à imprensa, dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário Geral da CNBB.
Para Pedro Gontijo, secretário-executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, a escolha de um Papa latinoamericano foi uma boa surpresa quando toda a mídia apontava para outros nomes. De acordo com ele, isso é um sinal de que a lógica da Igreja não segue a lógica das disputas políticas, muitas vezes, encabeçada pela própria mídia. “Aqui tem uma lógica e o horizonte da fé, de serviço, que muitas vezes é estranha para uma sociedade como a nossa”, declarou.
A escolha do nome Francisco diz muito. Fala da relação de um homem simples, que em sua rotina diária anda de bicicleta pelas ruas de Buenos Aires, faz sua própria comida e, em sintonia com sua comunidade, utiliza o transporte público e demais serviços da capital argentina. Seu conhecimento e simplicidade revelam que o Papa Francisco I será um grande pastor. Ele tem empatia com o povo.
O nome escolhido ainda pode remeter a história de muitos Franciscos, entre os quais São Francisco Sales, São Francisco de Pádua e, de forma especial, São Francisco de Assis, que fazendo opção pelos pobres refletiu em sua época um período de renovação da Igreja. São Francisco viveu entre os mais pobres dos pobres e transformou a relação dos homens com a natureza, ao amar todas as criaturas chamando-as de irmãos. Francisco é, pois um símbolo do Bem Viver com a natureza.
“Ao novo Papa não faltará a assistência e a força do Espírito Santo para cumprir esta missão e aprofundar na Igreja o dom do diálogo, em uma sociedade marcada pela pluralidade e pela diversidade, e o compromisso c om a vida de todos, a partir dos mais pobres, como nos ensina Jesus Cristo”, afirma CNBB em sua saudação ao novo Papa.
Esse nome Francisco é especialmente significativo numa época em que a humanidade vive uma crise em sua relação com a natureza. Quando tantos fenômenos ambientais atingem as populações e as discussões a cerca do meio ambiente se tornam urgentes.
Pedro Gontijo ainda relaciona a escolha ao Rio São Francisco, espaço de vida e comunhão de tantas gentes. “Desejamos que assim como nós temos o Rio São Francisco, que integra, que traz vida e alimenta tantas histórias, que o nosso Papa Francisco tenha um papel primordial junto ao povo de Deus e que alimente a vida da Igreja por onde passar”, disse.

http://www.cbjp.org.br/francisco-um-simbolo-da-paz/#more

quarta-feira, 13 de março de 2013

Coordenação Nacional da PJ se reúne em São Leopoldo/RS




 
A primeira reunião deste ano da Coordenação Nacional da Pastoral da Juventude foi realizada em meio ao início da celebração dos 40 anos de história da PJ. Os jovens e assessores estiveram juntos do dia 7 a 10 de março na cidade de São Leopoldo/RS, no Centro de Espiritualidade Padre Arturo (CEPA).
A Coordenação Nacional da PJ junto à Comissão Nacional de Assessores discutiram a articulação da PJ em todos os regionais do país. Dentre os principais assuntos estava a organização da Ampliada Nacional da PJ, que será realizada em 2014, na cidade de Belo Horizonte/MG. Joaquim Alberto, membro da Comissão Nacional de Assessores da PJ, destaca a importância de preparar a Ampliada com antecedência. “A preparação antecipada permite um empoderamento melhor dos objetivos da atividade e o envolvimento dos grupos de base no processo de realização”, afirma. A Ampliada será a principal atividade da PJ na celebração dos 40 anos de sua história.
Na oportunidade foi eleita também a sede do 11º Encontro Nacional da PJ: a capital amazonense, Manaus. O regional Norte 1 (parte do Amazonas e Roraima), por meio de sua representante Elayne Cardoso, apresentou o projeto para receber o encontro e obteve aprovação de toda a Coordenação. “Nosso povo vai receber a todos com muito carinho para fazermos um grande puxirum”, afirmou Elayne usando o termo indígena que significa mutirão.
Dentre os principais assuntos tratados no encontro estiveram o acompanhamento dos regionais e das bases, estudos de subsídios e documentos, acompanhamento da participação da PJ no Conselho Nacional de Juventude, o CONJUVE, e a realização do Seminário Nacional da Campanha contra a Violência e Extermínio de Jovens, que será realizado de 3 a 5 de maio na cidade de Brasília.
A reunião foi encerrada com o Seminário sobre os 40 anos da PJ. A Coordenação Nacional volta a se reunir em novembro na capital mineira, Belo Horizonte.
 
Participações
Durante a reunião o grupo também pode contar com a passagem de bispos, convidados e apoiadores, como a equipe do Jornal Mundo Jovem; Pe. Cirineu Kuhn, da Produtora Verbo Filmes; Pe. Hilário Dick, do Observatório Juvenil do Vale dos Sinos; Dom Antonio Carlos Altieri, arcebispo de Passo Fundo e bispo referencial da juventude do regional Sul 3; Dom Sinésio Bohn, bispo emérito de Santa Cruz do Sul, dentre outros.
Autor/Fonte: GT Teias da Comunicação

celebração da água, para o Dia Mundial da Água, 22 de março.

Amigas e amigos,

segue em anexo uma sugestão de celebração da água, para o Dia Mundial da Água, 22 de março.



http://www.4shared.com/zip/cIpc0m5z/CELEBRAO_DA_AGUA.html


Depois de 40 anos - Hilário Dick






Depois de 40 anos
Hilário Dick
Depois de 40 anos o horizonte que se engoliu, vai misturado de doçuras e poeiras;
Depois de 40 anos o horizonte fica sempre mais dentro e sempre mais longe.
40 anos são muitos caminhos, muitas curvas, muitas securas e muitos oásis.
A beleza é ajuntarmos as alegrias, as amizades de verdade,
As lágrimas misturando realizações e costumeiras frustrações.
Quanta festa nas curvas destes 40 anos!

40 anos são milhares de grupos, milhares de compromissos,
Milhares de histórias, milhares de construções em mutirão.
40 anos construídos com os tijolos dos entusiasmos,
Com as ideias em cascata, com as decisões votadas e enxugadas
Não conseguindo imaginar que as coisas
Pudessem, um dia,  chover de cima,
Com autoritarismos, querendo dizer-nos que isto é protagonismo.

Nas beiras dos 40 anos, quanta gente!
Lideranças aqui, mortas, morridas e assassinadas acolá...
Demo-nos um tempo de abraçá-las, agora.
Abraçá-las como se abraça o melhor que há no mundo e em nós.
Os nomes rodopiam em nossos corações...

E como não olhar os que largaram a mochila pela estrada?
Os que optaram, de repente, por outras trilhas menos complicadas?
Fica claro que nos 40 anos já havia mais bispos
com a juventude na poeira da estrada;
Já havia mais padres sujando as mãos em planos que incomodavam;
Havia mais povo cantando conosco as cantigas lindas que sabíamos fazer.
Na marcha para Canaã nem todos se movem na mística de resistência e profecia.

Recordar o que? Nomes? Eventos?  Personalidades desabrochando?
Encontrões? Assembleias? Protestos? Lideranças?
Escritos?  Cursos? Retiros? Escolas?
Ruas entupidas de jovens sonhando com um Reino mais do que uma Igreja bem comportada?
Ah! Como se sonhava uma Igreja profética e acolhedora...

40 anos vividos, contemplados,
Rezados,
distribuindo esperança, profecia e resiliência.

Temos consciência de como, nos últimos anos,
 aumentou – ao longo do caminho – o número das hienas
 que só sabem largar fel e pisotear as belezas sonhadas.
Hienas vestidas de vários trajes e várias insígnias,
que gostam de grandes eventos, de massas aplaudindo não se sabe quem,
 mas detestam os pequenos processos de todos os dias.
Que não gostam de sonhos,
mas adoram leis, catecismos, diretrizes, direitos e ordens.

Temos consciência da noite invernal que nos envolve...
Quando as juventudes  sonham com utopias,
 A igreja invernal  apresenta normas e limites;
não se quer dar conta de que as juventudes não querem ser vigiadas,
 mas  acompanhadas e cuidadas;
não se quer dar conta de que as juventudes
não querem uma unidade feita a toque de caixa,
Onde cada um fica agarrado ao seu pequeno mundo,
 Mas que desejam uma organização capaz de construir,
em mutirão, projetos comuns,
Com um protagonismo que seja mais do que discurso.

40 anos são 40 anos de marcha, como no êxodo:
Alimentados por codornizes e manás,
Onde a história – que desejam que esqueçamos –
é mais do que saudade: é alimento dos sonhos passados;
Onde o protagonismo não é só discurso, mas é vivência linda e doída do dia-a-dia;
Onde a geração mais velha não tem medo do novo que sempre vai florindo
Nas pegadas rumo ao horizonte que sempre fica maior.

40 anos vividos
40 anos engolidos
40 anos ruminados
40 anos rezados e lutados
40 anos arrancados do deserto juvenil
Com vontade de florescer.
40 anos de horizontes que não acabam.
40 anos de doação, de eucaristias juvenis
dando vida ao povo que sonha leite e mel,
que acredita na partilha
e aprende a maldizer a acumulação.

Depois de 40 anos o que sobra são mais outros 40
Vividos com tudo isso
E com tudo que a novidade vai revelando.

Festejando 40 anos da Pastoral da Juventude no Brasil
São Leopoldo,
10 de março de 2013



http://www.pj.org.br/noticias/1616