terça-feira, 17 de setembro de 2013

Já estou acostumado

Quando foi a última vez que você deu um salto no escuro? Quando foi última vez que experimentou um sabor desconhecido? Qual foi a última vez que fez a experiência da novidade pelo simples fato de ser algo novo?

Quando se atinge certa estabilidade, as novidades vão ficando mais raras. O desconhecido só entra na nossa vida por indicação. A gente se acostuma com o que é previsível e acaba caindo no roteiro da rotina, da mesmice, da repetição.

Se você concorda comigo, sinto que a sua juventude está indo pro brejo. Os adultos são os que pensam assim. Eles é que estão acostumados. Eles é que tem as respostas (hahaha... que bobagem essa!!). Jovens são, por definição (se é que se pode definí-los), experimentadores, instáveis e caçadores das novidades. No entanto, há tanto jovem acostumado por aí...

Um pedido de um leitor do blog me motivou a escrever este texto. Ele me mandou um e-mail e pediu uma ajuda. Está à frente de um grupo de jovens, da base, mas não tem mais a técnica para trabalhar com eles. Em outras instâncias até teria mais facilidade, mas estes do grupo ele não consegue motivar. Chegou a fazer cursos, ler livros, tudo sem resultado. O que fazer?

Não é uma maravilha? Este é o grande lance de uma pastoral que mesmo tendo quarenta anos precisa se reinventar a cada réveillon. Cara, não tente tratar os jovens dos grupos da mesma forma como eram tratados há 40, 30, 10 ou 5 anos atrás. A mesma fórmula que funciona na paróquia vizinha pode não funcionar na sua. A sacada é o salto no escuro, é ter fé na turma que caminha contigo, é saber o caminho que vão traçar.

Não, isso não é o pagode do pejoteiro maluco. Não é qualquer coisa que vale. Não estou dizendo que precisamos fazer o que for, de qualquer jeito para que a solução venha. Não são os fins que justificam os meios. Claro que grupo da PJ tem identidade, tem planejamento, tem método, tem esquema de formação. Isto nos identifica, esteja você no Oiapoque ou no Chuí, em Boa Viagem ou no Pantanal. Isto nos identifica. Mas um grupo é sempre um desafio. Sempre! Tire, pois, este peso das suas costas.

Se você já sabe de tudo isso, tem o conhecimento dos textos pastorais, conforme mesmo disse, o ponto agora é se desestabilizar. Não se prenda a fórmulas. Antes delas está o jovem. Você conhece todas e todos? Visitou cada casa? Conhece os pais? Pense no que fazer para ter o cuidado com cada uma e cada um. Eles têm a necessidade de um grupo de que tipo? Para que querem se reunir? E onde entram os elementos pastorais neste desejo e nesta necessidade?

Entende? A sua experiência de cinco anos atrás, por exemplo, valia com os jovens de cinco anos atrás. Hoje, o que você já fez é só uma bagagem, para a qual você retorna para reciclar velhos mapas e rever um ou outro conceito. A sua experiência não é o seu roteiro. Você não queira fazer os jovens engolir aquilo que você sabe. É perigoso. Não forma liderança. Só um parêntese aqui: uma excelente forma de se reciclar é voltar para sua comunidade de origem e ser catequista de crisma. Você será obrigado a adaptar seu discurso e seu planejamento. As novas gerações exigem isso. Fecha o parêntese.

Não abandone os cursos, as leituras, os contatos. Eles valem para aguçar sua criatividade. Tomo isso por mim. Até hoje, se eu pegar um livro sobre planejamento empresarial, por exemplo, eu sei que vou pescar aqui e ali um conceito que poderei usar no meu trabalho pastoral, mesmo que sejam coisas completamente diferentes. Não abandonamos nossa identidade pastoral. Olhamos para todas as coisas, retemos aquilo que é bom. Criatividade. Este é o ponto.

Primeiro: Foco no jovem. Entendeu? Segundo: experiência criativamente reciclada. Sacou? Terceiro: espírito juvenil. Não se conforme, não se acostume, não ache que está suficiente ou que já basta. Quem se acostuma, quem se perpetua, quem se estabiliza, morre lentamente. Quem não se arrisca tem medo da ousadia, não vai com o seu barco muito além da margem. 

Por isso se diz que os jovens são revolucionários. Eles se arriscam. Eles querem ver as coisas de um jeito diferente. Eles não têm o pé na estabilidade. Cultivar este espírito juvenil independe da idade, mas depende da força de vontade. Tem que querer, não pode ter medo de errar.

Quarto e último ponto. Lembre-se de Jesus. Inspire-se sempre nele, pois ele focava no ser humano e na sua Missão. Volte seu olhar para ele, pois reciclou toda a experiência do seu povo para dizer que Deus é amor e que nós demos nos amar na mesma medida. Recheie o seu coração com o mesmo espírito juvenil daquele jovem de Nazaré que não se conformou com o mundo, que anunciou um Reino de justiça e paz e que pregou contra aqueles que não favoreciam a vida, em especial dos mais lascados do mundo.

Ele não se acostumou.
                                 Rogério Oliveira

Há que se cuidar do broto

Eu nunca fui atrás do significado original da música “Coração de Estudante”. E não é porque eu não goste de fazer isto, aliás gosto muito de ir atrás das raízes das músicas das quais eu gosto. Mas no caso desta canção, gosto dos múltiplos sentidos que ela me proporciona. Um deles tem a ver com o nosso trabalho pastoral.

Mas renova-se a esperança / Nova aurora, cada dia / E há que se cuidar do broto / Pra que a vida nos dê flor e fruto”. Não há como negar a importância dos brotos. Não há árvore que dure para sempre. Algumas podem até duram longos anos, mas não são a maioria. O cultivo das pequenas mudinhas garantiram alimentação e sobrevivência dos seres humanos e diversidade no universo agrícola.

E no nosso mundo pejoteiro, também não há como não fazer uma associação imediata aos "brotos", aos grupos de jovens. Eles estão esparramados e articulados pelo país; não há PJ que se sustente ou que se legitime sem eles. Não sou um “basista”, porque acredito que a PJ não é só grupos de base, mas não há como nenhum pejoteiro negar que eles são uma das peças principais deste mundo da PJ.

Há uma preocupação muito grande, demonstrada em vários documentos de diversas instâncias pastorais, a respeito dos grupos de jovens. Estão perdendo a identidade? Estão com integrantes desanimados? Durando menos do que poderiam? Sem maiores integrações? Há menos grupos hoje vivendo a experiência pejoteira? Que fazer? Só há uma resposta: É preciso fomentar e animar os grupos de jovens. É preciso cuidar do broto. Vamos partilhar algumas dicas? Eu começo:

Não há grupos de jovens. Por onde começar a convocação?
a)    A partir do crisma
Todos os anos muitos jovens recebem o sacramento da confirmação. Para a maior parte deles, há uma formação sistematizada. Uma boa alternativa é que jovens pejoteiros assumam esta catequese, incluindo entre os conteúdos obrigatórios aqueles ligados à ação pastoral e realizando os encontros formativos dentro da proposta da PJ.

b)    A partir de experiências culturais
Música, teatro e esportes costumam atrair muitos jovens. Se entre os agentes culturais que promovem estas práticas houver algum pejoteiro, há uma possibilidade aberta para uma articulação com os demais jovens extrapolando a experiência cultural.

c)    A partir de contatos nas escolas
Formar núcleos de PJE nas escolas públicas/particulares é também uma possibilidade de formação de grupos e de descoberta de boas lideranças. 

d)    A partir de encontros massivos de jovens
Encontros de jovens com Cristo, por exemplo, reúnem muitos jovens, mas não tem uma grande articulação no pós-encontro. Aí entraria a PJ na organização de pequenos grupos vindos dos encontros e fazendo uma parceria bem interessante.

Temos grupos, mas ele está bem desanimado. Que fazer?

a)    Capacitando novas coordenações
Veja alguns artigos a respeito deste tema. Clique aqui.

b)    Capacitando novos assessores
Veja alguns artigos a respeito deste tema. Clique aqui.

O que vocês acham? Há outras possibilidades? Deixe seu comentário aqui no artigo ou mande no twitter deste blog: @pejotando. Aguardo sua contribuição!
Rogerio Oliveira
Corrigindo o email anterior: pejotando.blogspot.com.br

terça-feira, 9 de julho de 2013

ENCONTRO DE JOVENS TERENA – ALDEIA IPEGUE

ENCONTRO DE JOVENS TERENA – ALDEIA IPEGUE
18 a 21 de julho de 2013-05-17
Local: Quadra da Escola Municipal Indígena Feliciano Pio

18/07/13 – Quinta feira
13:00 as 17:00 – Chegada
17:00 as 18:00 – Jantar (carreteiro, feijão e mandioca)
19:00 – Abertura – Oração
ANIMAÇÃO: Aldeia Moreira e Ipegue

19/07/13 – Sexta feira
06:00 as 07:30 – Oração da manhã - Aldeia Bananal
07:30 – Café da manhã
08:00 – Animação – Aldeia Bananal e Aldeia Limão Verde
08:30 as 10:00 – TEMA: SAÚDE E CULTURA INDÍGENA
                        - Debate sobre o tema ( problemas na área da saúde / soluções)
10:00 – Lanche
10:30 – Continuação da temática SAÚDE
11:30 – Almoço (macarronada, feijão e arroz)
14:00 – Animação: São Sebastião e Lalima
15:00 – Lanche
15:30 as 17:00 – apresentação de soluções na área da Saúde
18:00 as 19:00 – Jantar (risoto e feijão)
19:30 as 20 – Visitantes das Igrejas Evangélicas da Aldeia Ipegue
20:30 – NOITE CULTURAL
Ø  1º - Limão Verde
Ø  2º - Agua Branca
Ø  3º - Nossa Srª Aparecida – Buriti
Ø  4º - Lalima
Ø  5º - Cachoeirinha
Ø  6º - Taunay
OBS: Cada comunidade deverá apresenta um hino no Idioma Terena e terá o tempo de 20 minutos para sua apresentação
Oração final: Aldeia Limão Verde

20/07/13 – Sábado
06:00 as 07:30 – Oração da manhã - Aldeia Bananal
07:30 – Café da manhã
08:00 as 09:00 – Animação – N. Srª (Buriti) e Cachoeirinha
09:00 – Tema: CULTURA INDÍGENA
11:30 – Almoço (Guisado, arroz e feijão)
14:00 às 17:00 – Lazer
18:00 às 19:00 – Jantar (arroz, feijão e molho de salsicha)
19:00 – Procissão nas ruas da Aldeia Ipegue (levar velas) – Ipegue – oração do Terço
19:30 – NOITE CULTURAL
Ø  1º - Bananal
Ø  2º - Imbirussu
Ø  3º - Ipegue
Ø  4º - S. Sebastião (Buriti)
Ø  5º - Moreira
Ø  6º - Tereré
Ø  OBS: Cada comunidade deverá apresenta um hino no Idioma Terena e terá o tempo de 20 minutos para sua apresentação
Ø  Oração final: Aldeia Cachoeirinha

21/07/13 – Domingo
06:30 – Oração da manhã - Aldeia Bananal
07:00 – Café da manhã
07:30 – Animação: Aldeia Moreira e Aldeia Limão Verde
08:00 – Avaliação final
09:00 – Missa
          Liturgia: Aldeia Ipegue – Animação Litúrgica: Aldeia Tereré
11:00 – Encerramento / Almoço (Macarronada, salada, arroz, feijão e mandioca)

Artigo: A idade do crime: o paradoxo da violência contra a juventude e a redução da maioridade penal

A idade do crime: o paradoxo da violência contra a juventude e a redução da maioridade penal


“A violência se liberou de qualquer fundamento ideológico” Hans M. Enzensberger

Ao mesmo tempo em que a grande mídia e seus pseudo- especialistas tentam pautar uma discussão sobre o encarceramento de jovens e adolescentes em cadeias comuns e a redução da idade mínima para serem julgados como criminosos adultos, o país passa por um período de sangrenta guerra que vem, ilegitimamente, exterminando sua juventude.
A violência urbana, enquanto representação simbólica da realidade em que estamos imersos, hoje se encontra num constante processo de assimilação como prática comum nas relações sociais. Ao mesmo tempo, a mídia apresenta a violência como espetáculo e como verdadeira paranoia, como se todos os ambientes, se todas as cidades, se todos os espaços, principalmente públicos, fossem espaços violentos. Percebe-se aí a tentativa de uma construção hegemônica de estabelecer a ordem social como forma de vida constituída pelo uso da força como princípio organizador das relações sociais. Todo e qualquer questionamento à “ordem social” hegemonicamente estabelecido deve ser combatido com uso da força. Neste jogo de “cabo de guerra”, a face mais visível e, ao mesmo tempo, mais vulnerável é a juventude brasileira. Nesta conjuntura, onde estão inseridos os aparelhos estatais de controle social? Onde se insere o debate pela implementação e efetivação de políticas públicas? Há que se considerar uma verdadeira reorganização das agencias da ordem estatal, a relação destas com a sociedade civil e a formulação e implementação de políticas mais democráticas de segurança pública.
Se alastram pelo país iniciativas de leis municipais que privam os jovens e adolescentes do uso do espaço público. Chamada de “toque de recolher”, a lei limita os adolescentes e jovens de ocuparem os espaços públicos. Mais de 90% dos casos de violência contra jovens e adolescentes são cometidos em casa, muitas vezes protagonizados pelos próprios pais ou parentes próprios. Ou seja, no ambiente privado, própria casa, é que a maioria dos crimes acontecem. Porque, então,o espaço público deve ter restrição de uso? A lei do toque de recolher torna-se, então, um atestado de incompetência do estado, através de seus gestores, que afirmam não ser capazes de tornar seguros os espaços públicos. É a privatização destes espaços.
Já o índice de homicídios na adolescência e juventude vem aumentando a cada ano. Ousamos dizer que é um verdadeiro extermínio da juventude brasileira. No Brasil, a possibilidade de um jovem ser vítima de um homicídio é em média 30 vezes maior que na Europa e 70 vezes maior que na Grécia, Hungria e Inglaterra. Os homicídios, no Brasil, têm idade, raça, classe social e gênero: são jovens, negros, pobres e homens. No período de 1996 a 2006, a taxa de homicídio entre a população em geral cresceu 20%. Na população jovem este índice foi de 31%. Se considerarmos os jovens negros, este índice é ainda maior.
Segundo o relatório do IHA (índice de homicídios na adolescência), pesquisa realizada pela UNICEF, 45% das mortes de adolescentes e jovens na faixa etária de 12 a 18 anos são por homicídio, ou seja, quase metade da juventude que está morrendo é vítima da violência direta, morte por arma de fogo. Comparado a 83 países o país ocupa o 5º lugar na taxa de homicídios juvenis.
Neste contexto em que a juventude vem sendo, verdadeiramente, exterminada, um outro movimento toma força. O debate da redução da maioridade penal. Um dos argumentos é a impunidade do ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) que prevê, no máximo, três anos de recolhimento em centros de sócio-educação e outras medidas de acompanhamento.
A maioria dos condenados por homicídio qualificado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) recebe como pena cerca de 12 anos de condenação. Pela legislação atual, se o condenado tiver bom comportamento poderá cumprir a pena em regime aberto após o 2º ano de prisão. Ou seja, o adulto condenado por homicídio qualificado cumpre uma pena menor que o adolescente. Outro dado importante diz respeito ao índice de crimes cometidos por jovens e adolescentes no país: 1,7%. O estado onde este índice é mais alarmante é o de São Paulo, aonde o índice não chega a 4%.
Há que se estabelecer um debate aprofundado acerca do tema, com a análise destes e de outros dados como, por exemplo, o volume de recursos que o estado vem investindo no que diz respeito a políticas públicas para a juventude. Se há falta de investimento em políticas públicas para que estes jovens e adolescentes não venham cometer crimes, quem é o verdadeiro vilão da história? Vamos combater as causas da violência ou continuar punindo os verdadeiros inocentes no processo?




Luiz Fernando Rodrigues é funcionário da educação pública do Paraná e secretário de juventude da CUT-PR.

CARTA ABERTA

O coletivo de organizações que tem sonhado e construído a TENDA DAS JUVENTUDESdurante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro/RJ, em julho de 2013, vem por meio desta carta aberta, comunicar algumas questões e mudanças a respeito deste projeto, aprovado como atividade oficial pelo Comitê Organizador Local da JMJ para o Festival da Juventude.
Tendo clareza que a atividade é promovida por organizações eclesiais da sociedade civil, informamos que estamos modificando o local do evento, que anteriormente estava previsto para acontecer no Galpão do Comitê da Ação da Cidadania, no bairro da Saúde, e que agora acontecerá naParóquia Santa Bernadete, na Av. dos Democráticos, 896, no bairro Higienópolis, Rio de Janeiro/RJ.
A decisão de mudança do local aconteceu após posicionamentos equivocados da Superintendência de Juventude do Estado do Rio de Janeiro, até então parceira do evento e responsável pela locação do espaço. Listamos a seguir alguns dos pontos que motivaram a mudança de local e retirada da Superintendência de Juventude da lista de parceiros do evento:
Dificuldade de clareza de que a atividade é de promoção de organizações eclesiais da sociedade civil e não do Governo do Estado.
Alteração da programação sem contato prévio e organização do espaço a partir de pautas e demandas impostas pelo Governo do Estado do RJ, não respeitando a elaboração construída pelas organizações eclesiais e ainda propondo atividades em horários que conflitariam com as catequeses e os atos centrais da JMJ.
Imposição da presença de representantes do Governo Estadual em todas as mesas de diálogo.
Exigências quanto ao uso das marcas do Governo do Estado do RJ em relação às demais organizações presentes na construção do projeto.
Cerceamento de momentos celebrativos na programação proposta pelas organizações, dificultando os momentos de oração previstos no formulário de inscrição das atividades do COL da JMJ.
Ressaltamos o nosso comprometimento com a proposta evangelizadora da Jornada Mundial da Juventude e declaramos que NÃO ESTAMOS DISPOSTOS A COLOCAR NOSSOS PRINCÍPIOS CRISTÃOS E ÉTICOS EM TROCA DE QUALQUER QUE SEJA O APOIO FINANCEIRO E MATERIAL.
É importante destacar que a nossa atividade é aprovada para acontecer na JMJ, com a oficialidade do COL e confirmação para o Guia do Peregrino, sendo assim solicitamos que qualquer comunicado a respeito de nosso evento na JMJ seja feito diretamente com a Pastoral da Juventude, por meio de sua secretaria nacional[1].
Portanto, caso aconteça alguma atividade durante a JMJ no Galpão do Comitê da Ação da Cidadania promovida pelo Governo do Estado, deixamos claro que não há nenhuma participação das organizações responsáveis pela Tenda das Juventudes e que assinam esta carta. Compreendemos também que a realização de tal atividade fere o processo de inscrição de atividades previstas para o Festival da Juventude, assim como a legislação vigente do município do Rio de Janeiro que não permite a realização de atividades além das aprovadas para a JMJ.
  Desde já, contamos com a compreensão de todos/as e nos colocamos à disposição para qualquer esclarecimento.

Brasília/DF, 29 de junho de 2013.

Pastoral da Juventude (PJ)
Juventude Franciscana (JUFRA)
Cáritas Brasileira
Cajueiro - Centro de Formação, Assessoria e Pesquisa em Juventude
Rede Ecumênica da Juventude (REJU)
Irmandade dos Mártires da Caminhada
Setor Pastoral da PUC/RJ


[1] Dentro do coletivo das organizações eclesiais promotoras da atividade, a Pastoral da Juventude foi a responsável pelos encaminhamentos junto ao COL, sendo assim o contato de referência neste processo é Thiesco Crisóstomo, secretário nacional da PJ, por meio do e-mail: secretarianacional@pj.org.br.

JUVENTUDE ÀS RUAS NO DIA 11 DE JULHO!


 A Jornada de Lutas da Juventude Brasileira faz um chamamento a toda juventude do país: no dia 11 de julho, todos e todas às ruas!

Milhares de jovens pelo Brasil protagonizaram manifestações massivas nos últimos 20 dias. Ocuparam as ruas e praças na luta por direitos. E com esse sentimento afirmamos que é a luta nas ruas e com unidade entre os movimentos sociais que possibilitará a conquista de mais vitórias.

Desta vez, vários movimentos sociais, organizações e partidos estão convocando um dia nacional de paralisações e mobilizações. Em cada estado a atividade se dará de um jeito único. É muito importante que as organizações da Jornada de Lutas da Juventude se somem às mobilizações e procurem os movimentos sociais para participarem conjuntamente, aproveitando o momento para, quando possível, organizarem plenárias estaduais da Jornada de Lutas da Juventude.

São 11 pontos de reivindicações nacionais, construídos de comum acordo com as Centrais Sindicais e Movimentos Sociais. Além disso, há seis pontos de denúncia que também serão expressos nas ruas.

Iremos às ruas por:
1.     Transporte público de qualidade!
2.     Reforma política com realização de plebiscito popular!
3.     Reforma urbana!
4.     Redução da jornada de trabalho para 40 horas!
5.     Democratização dos meios de comunicação!
6.     10% do PIB para a educação pública!
7.     Saúde pública e universal!
8.     Pelo fim das terceirizações: contra a PEC 4330!
9.     Contra os leilões do petróleo!
10.   Pela Reforma Agrária!
11.   Pelo fim do fator previdenciário!

Nesse mesmo dia denunciaremos: 
A repressão e a criminalização das lutas e dos movimentos sociais;
O genocídio da juventude negra e dos povos indígenas;
A impunidade dos torturadores da ditadura;
E afirmaremos nossa posição contra:
A aprovação das propostas do estatuto do nascituro;
Contra a redução da maioridade penal;
Contra o projeto de “Cura Gay”.

Juventude às ruas no dia 11 de julho

Jornada de Lutas da Juventude Brasileira
ABGLT, ANPG, APNS, ASSOCIAÇÃO CULTURAL B, BARÃO DE ITARARÉ, CONAN, CONEN, CONTAG, CONTEE, CONSULTA POPULAR, CTB, CUT, ECOSURFI, ENEGRECER, FEAB, FEDERAÇÃO PAULISTA DE SKATE, FORA DO EIXO, JPL, JPT, JUFRA, JUVENTUDE REVOLUÇÃO, JSB, LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE, MMM, MST, NAÇÃO HIP HOP, PASTORAL DA JUVENTUDE, PJMP, PJR, PCR, REJU, REJUMA, UBES, UBM, UJS, UNE, OCLAE, UNEAFRO, UNEGRO, UPES, VIA CAMPESINA.

domingo, 9 de junho de 2013

Civilização do Amor: Projeto e Missão




Este documento é o Marco Referencial da Pastoral Juvenil do Continente Latino Americano. É um processo de 30 anos com uma versão para cada tempo. Esta edição foi trabalhada desde 2008.  Ela foi e faz parte de um processo de revisão chamado: Revitalização da PJ - “Juventude um caminho de discipulado e missão”.  Para re-elaborar este Documento realizaram-se dois encontros latino-americanos de responsáveis nacionais da Pastoral da Juventude,  um Congresso, diversas reuniões, várias consultas para as conferências nacionais.
  
Vamos apresentar, aqui, um material didático, uma síntese. Ela será material para a Formação de Educadores/Assessores/as de adolescentes e Jovens que em breve estaremos apresentando para a sua inscrição. O curso será virtual. Nosso interesse (do Cajueiro), com o apoio de Hilário Dick, foi elaborar a síntese do Documento a partir do livro lançado em outubro de 2012.

Padre Toninho, responsável pelo acompanhamento da juventude na CNBB, informou que o Documento do CELAM está em processo de tradução e que será lançado, ainda este ano. Aqui vamos trabalhar o material didático que tem o objetivo de preparar a recepção do Documento.


Vamos trabalhar em cima dos Marcos de Civilização do Amor – Projeto e Missão:  Marco da realidade, histórico, doutrinal, operativo, celebrativo e as orações. Inicialmente, o debate será a partir do blog. Depois vamos apresentar a proposta do curso virtual. Quem tiver interesse em participar, envie a sua intenção ou desejos para centrocajueiro@gmail.com.      

Primeiro apresentamos a síntese do Marco da Realidade e depois segue as outras. Acompanhe.


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Pastoral da Juventude realizará Seminário da Campanha Nacional contra a violência e extermínio de jovens

Atividade acontece em Taguatinga (DF) e reúne cerca de 200 jovens de todas as regiões do país.





A Pastoral da Juventude (PJ) realiza, de 03 a 05 de maio, no Colégio Marista Champagnat, em Taguatinga (DF), o Seminário da Campanha Nacional Contra a Violência e Extermínio de Jovens em todo o território brasileiro. A atividade reúne, aproximadamente, 200 jovens do Brasil e tem por objetivo criar espaço de conscientização e formação de agentes multiplicadores.

Os dias do seminário são dedicados ao aprofundamento e formação dos jovens em diversos temas acerca do extermínio e violência juvenil, dentre eles: redução da maioridade penal, segurança pública, educação, trabalho, violência e uso de drogas, aprisionamento e cárcere, tráfico humano: prostituição e trabalho escravo.

O secretário nacional da Pastoral da Juventude, Thiesco Crisóstomo, destaca o seminário como importante passo da PJ na construção da campanha e no enfrentamento da violência contra a juventude no Brasil. “Queremos dar força a temas específicos como a redução da maioridade penal, o tráfico humano e as medidas socioeducativas. Dialogar diretamente com os jovens que constroem o dia a dia da Campanha, nos municípios e estados, além dos parceiros firmados ao longo destes quatro anos”, afirmou Crisóstomo.

A atividade tem ainda como objetivos específicos o engajamento e fortalecimento dos grupos de base para a Campanha Nacional contra violência e o extermínio de jovens; o estabelecimento de diálogo entre os jovens da Pastoral da Juventude com outros atores envolvidos na temática da violência contra a juventude; o fomento da juventude e a comunidade, para que se tornem aptos em continuar os trabalhos para a realização dos objetivos do Seminário; a potencialização da ação realizada pelos jovens multiplicadores como agentes de mudança da realidade de violência em que estão inseridos; e a capacitação técnica e metodológica para um processo qualificado de construção de ações para vida plena da juventude.

O evento conta com a parceria da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Província Marista Brasil Centro-Norte (PMBCN), Coordenadoria de Juventude do Distrito Federal, Cáritas Brasileira e o apoio da Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude, Adveniat e DKA Áustria.

Programação

O seminário começa nesta sexta-feira (03/05), às 19h, com oração, seguida da mesa de abertura com as presenças de autoridades e parceiros, entre eles: ministro Gilberto Carvalho da Secretaria Geral da Presidência da República, deputado federal Nilmário Miranda, coordenador de Juventude do Distrito Federal Carlos Odas, Ir. José de Assis Brito, Conselheiro da PMBCN e o assessor da CRB Nacional Frei Rubens da Motta.

Após a mesa de abertura, inicia-se o painel de exposições “Desafios frente às Realidades de Violência e Mortes de Jovens no Brasil – Uma tarefa a ser encarada pelo Estado e pela Sociedade Civil Organizada”. Para o momento, foram convidados como assessores o representante da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, Bruno Monteiro, e Danilo Moraes, membro do CONJUVE representando a Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN).

Nos demais dias do seminário, serão desenvolvidas diversas ações e atividades. A programação contempla a construção de painel apresentando a realidade da violência contra a juventude brasileira, avaliação e planejamento da Campanha Nacional, rodas de conversas sobre temáticas acerca do extermínio e violência juvenil e celebrações.

A Campanha

A Pastoral da Juventude tem organização nacional e está presente em mais de 80% das dioceses da Igreja Católica no Brasil. Ela faz parte da articulação da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A organização possui algumas iniciativas que orientam os trabalhos de seus grupos e de suas instâncias. Para isso, atua por meio de seis projetos nacionais reafirmados na Ampliada Nacional de Imperatriz/MA, em janeiro de 2011, que são: Ajuri, Caminhos de Esperança, Mística e Construção, Teias de Comunicação, Tecendo Relações e A Juventude Quer Viver.

O projeto “A Juventude Quer Viver”, posiciona-se publicamente sobre alguns temas que afetam diretamente a vida da juventude, como também constrói estratégias de participação e intervenção política nos diversos setores sociais organizados (governamentais e não governamentais), buscando mobilizar a juventude pela garantia dos seus direitos.

A Campanha Nacional contra a violência e o extermínio de Jovens é uma ação articulada do Projeto A Juventude Quer Viver e de diversas organizações. Busca fomentar e provocar toda sociedade para o debate sobre as diversas formas de violência contra a juventude, especialmente, o extermínio de milhares de jovens que está acontecendo no Brasil. Com isso, a Campanha objetiva avançar na conscientização e desencadear ações que possam mudar essa realidade de morte juvenil.

A Campanha nasceu da reflexão da 15ª Assembleia Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil, ocorrida em maio de 2008, fruto da indignação crescente presente naquela assembleia e da revolta ante ao crescente número de mortes de jovens no campo e na cidade, em todos os cantos do país.

SERVIÇO

O quê: Seminário da Campanha Nacional Contra a Violência e Extermínio de Jovens em todo o território brasileiro.

Quando: 03 a 05 de maio – abertura dia 03 de maio, às 19h.

Onde: Colégio Marista Champagnat Taguatinga - QSD - Área Especial 01 – Taguatinga Sul (DF).

Mais informações:

Thiesco Crisóstomo: (94) 8117-6210 / thiesco@gmail.com

Edgar Mansur: (31) 8839-6304 / pjbetim@gmail.com




CRONOGRAMA DO SEMINÁRIO:

Sexta, 3 de maio
18h – Credenciamento
19h – Abertura – Oração – “A Mística da Campanha”
19h30 - Mesa de Abertura – com Autoridades
20h30 – Painel de Abertura: Desafios frente as Realidade de Violência e Mortes de Jovens no Brasil – Uma tarefa a ser encarada pelo Estado e pela Sociedade Civil Organizada - Bruno – Representante da Secretiaria Nacional dos Direitos Humanos;  Danilo Moraes (CONJUVE)
21h30 – Encaminhamentos práticos para os/as participantes em vista do dia anterior
22h – Janta
23h30 – Descanso

Sábado, 4 de maio
7h – Café da manhã
8h – Mística Inicial
8h30 – Apresentação Balanço da Campanha pelo Brasil
9h30 – Considerações e percepções do alcance da Campanha até o momento (Assessora Convidada)
10h – Intervalo
10h30 – Apresentação para a Plenária dos Horizontes Temáticos de trabalho (1 -- Violência e extermínio (extermínio); 2 - Redução da maioridade penal, 3 - Segurança pública, Educação, trabalho, 4 - Violência e uso de Drogas, 5 - Aprisionamento e cárcere, 6 - Tráfico Humano (prostituição, trabalho escravo,...).
11h – Trabalho em Mini-Plenária por Horizonte Temático
13h  – Almoço
14h15 –Animação – Ou uma apresentação cultural/artística
14h30  - Plenária para apresentação dos trabalhos
16h15 – Fala da Assessora Convidada – Provocações a partir das partilhas das mini-plenárias
16h40 – Intervalo e Lanche nos locais
17h15 – Encaminhamento Trabalho por Regional CNBB – na perspectiva das Pistas para Ação
17h30 – Trabalho de Grupos:
19h – Intervalo – Banho
20h – Janta
21h – Celebração Caminhada dos Mártires – Memórias Juvenis
22h30 – Integração livre
24h – Descanso/ dormir – silêncio

Domingo, 5 de maio
7h – Café
8h – Mística Inicial
8h40 – Apresentação da sistematização do trabalho dos grupos por regionais.
10h – Intervalo
10h30 – Avaliação do Seminário
11h30 – Mística final e envio
12h - Almoço

Resultado final da AG da CNBB‏

Este é o resultado final da AG da CNBB sobre o tema central
Comunidade de comunidades, uma nova paroquia.
Este texto é de estudo. Na proxima AG será transformado em Doc oficial da CNBB.
Nossa missão é recebe-lo bem e incentivar o estudo nas CEBs para dar-lhe o nosso rosto.
Que o produto final seja das CEBs.


BAIXAR Tema central AG CNBB 2013 Comunidades

mística de Betânia no caminho rumo a Jerusalém


Amados irmãos e irmãs!

Em anexo texto referente ao mês que encerramos hoje da mística de Betânia no caminho rumo a Jerusalém, pela Revitalização da Pastoral da Juventude.

Boa leitura! Ótimo mês-novo-que-vai-chegando!
Abraço grande,
Luis Duarte e Pe Maicon

Segue anexo Ficha de Pedido de Materiais em preparação ao Grito dos Excluídos 2013.

Segue anexo Ficha de Pedido de Materiais em preparação ao Grito dos Excluídos 2013.

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