quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A negação dos direitos ainda continua para a Juventude Camponesa!!!



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Ainda dizia Paulo Freire: “Num país como o Brasil, manter a esperança é ainda um ato revolucionário”.A realidade da juventude Brasileira esta cada vez mais camuflada e escondida atrás das palavras: nossa bolsa, SISU, PROUNI, FIES, cotas, Bolsa Família, PRONAF, políticas inexistentes dentre diversas balas doces.


Mas as palavras e ações que não saem são: Direito a educação própria e apropriada popular para todos, incentivo a produção agroecológica para a permanência do jovem no campo, renda, quadras e campos esportivos nas comunidades rurais, aulas de músicas e instrumentos populares, acesso a terra -  que é direito do povo sem ter que pagar, teatro, acesso há políticas publicas voltas para a juventude e construída por elas, água limpa...enfim são tantas palavras e ações que nós juventude da roça gostaríamos que  fossem tidas como incentivo, mas não de forma assistencialista ate mesmo porque é nosso direito, mas tudo que queremos é construir juntos oportunidades de vida.

São muitos os jovens que hoje estão na chamada “Zona Rural” que na verdade não tem nada de zona, que gostariam de ter seu pedaço de terra, produzindo com qualidade e tendo condições de viver em comunidade.
Assim como em todo o Brasil, no Espírito Santo a vida não é diferente, jovens na idade media de 17 a 19 ao se formarem nas escolas agrícolas e/ou convencionais vão para a cidade trabalhar em balcões de padaria, lojas de roupas, calçados, esfregar chão, postos de gasolina e o que sobra, moldados por uma sociedade machista, excludente e acima de tudo exploradora da mão de obra desvalorizada.

Estamos tentando resistir, mas não é fácil, a nossa única saída no momento esta sendo trabalhar em grupos de produção que às vezes não vai pra frente por falta de recurso pra produzir, a agroecologia e a arte do movimento do companheirismo que ainda existe.

Esperamos que palavras simples, mas que por trás há muito suor e sentimento ecoe por milhões de pessoas transformadoras que faz parte da classe, pois, enquanto não nos reconhecermos quanto classe trabalhadora seja quaisquer denominações não haverá uma transformação concreta na sociedade.


Beatriz Marins, Alicione Morais e Keila Vieira são militantes da PJR.


Mulheres e homens não são puros aparatos a serem treinados. Somos seres de opção, decisão e intervenção no mundo.
(Paulo Freire)

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